Jéssica Canedo teria se suicidado após ter sido vítima de mentiras espalhadas sobre ela nas redes sociais por páginas de fofoca.| Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Famosa por fazer palanque em cima de caixões, a esquerda não perdeu tempo em politizar a morte de Jéssica Vitória Canedo, vítima de difamação da página Choquei, criada por Raphael Sousa, um influenciador pró-Lula. A cobrança por justiça, que deveria ser unânime, independentemente de qualquer coisa, se transformou em mais uma tentativa do governo petista em alavancar o PL da Censura.

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Como quem brada "é apenas uma vítima da sociedade" quando quer terceirizar culpas e aliviar a situação do verdadeiro culpado, nesse caso não foi diferente. O mesmo deputado que se vangloria por divulgar fake news e já enalteceu a importância da própria Choquei como um instrumento de manobra política para o seu grupo agora reforçou o discurso de regulamentação das redes, também defendido por outros muitos, se não todos os da base lulista.

Dependendo da ideologia, o mesmo discurso que é classificado como crime para alguns é apenas um exemplo de liberdade de expressão para outros.

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Muitos dos que continuam calados diante de uma tragédia que tirou a vida de uma jovem, unicamente por ter sido causada por um perfil aliado, eram os mesmos que estavam extremamente revoltados quando o perfil da Janja na rede social X foi hackeado, por exemplo. Aliás, diferentemente do que aconteceu quase que instantaneamente com o hacker, até agora não vi a Polícia Federal batendo na porta de quem administra o perfil de fofoca.

Empatia? Como sempre, só no discurso. Como se não bastasse a divulgação de conteúdos falsos que relacionavam Jéssica ao humorista Whindersson Nunes, Raphael debochou do texto que a vítima havia postado na internet, no qual foram citadas as mentiras e a exposição feita por ele. “Avisa ela que a redação do Enem já passou” foi o comentário feito por ele – claro, posteriormente excluído diante da repercussão negativa. Nem mesmo o desabafo emocionado da mãe foi capaz de gerar algum tipo de constrangimento ao difamador.

Não precisamos de mais medidas ditatoriais e sim cobrar que as leis sejam cumpridas sem que a venda ideológica siga tapando os olhos de muitos.

Promover a censura nas redes sociais evitaria algo do tipo? É evidente que não. Assim como a esquerda clama por justiça e age rapidamente somente quando convém, seria só mais um instrumento a ser usado por tiranos para decidir o que é ou não permitido e quem pode ou não falar, tendo em vista que no Brasil importa mais quem é o interlocutor que o que é dito. Dependendo da ideologia, o mesmo discurso que é classificado como crime para alguns é apenas um exemplo de liberdade de expressão para outros.

Não precisamos de mais medidas ditatoriais para defender justiça, e sim cobrar que as leis sejam cumpridas sem que a venda ideológica siga tapando os olhos de muitos. Farei uma representação ao Ministério Público Federal para investigar tudo o que aconteceu e responsabilizar quem deve ser responsabilizado, inclusive outras páginas que também tiveram participação e as agências por trás desses perfis.

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Se antes eu pouco me importava com os ataques coordenados de contas de fofoca que me colocaram como um alvo a partir do momento em que me transformei em um dos obstáculos para a hegemonia que tanto almejam, agora sinto orgulho de ser odiado por gente assim. A cada dia que passa, aqueles que vivem para me atacar seguem no ostracismo ou vão caindo um a um por conta própria.

Por fim, deixo toda a minha solidariedade aos amigos e familiares da Jéssica Vitória, e em especial à sua mãe. Não consigo imaginar o quão difícil seja perder uma filha, tão jovem, e ainda com muitos sonhos. Que Deus os conforte e contem comigo para cobrar por justiça.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]