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No último final de semana, estive no Rio de Janeiro, para o relançamento do meu livro ‘’O Cristão e a Política'', no qual descrevo a guerra cultural e a necessidade de entendê-la. A Bienal do Livro sem dúvidas foi um excelente local para concretizarmos o pensamento sobre uma das estratégias que devemos utilizar, que é a ocupação de espaços. Normalmente, ninguém quer estar em um local que não considera agradável ou que poderia gerar algum tipo de hostilidade, mas não podemos abrir mão de alcançar pessoas, e para isso, temos que entender que não haverá sucesso se só estivermos em ambientes favoráveis ou cercados daqueles que pensam exatamente como nós. A Bienal é essencialmente um ambiente progressista, portanto, eu já sabia que haveria alguns contratempos, o que de fato aconteceu.
Tentaram, por 4 vezes, fechar o nosso stand e algumas pessoas propagaram mentiras com o objetivo de fazer com o que o público que me aguardava deixasse o local, afirmando que eu não os atenderia e que seria inútil esperar por tanto tempo. Apesar disso, mantive os meus olhos fixos na certeza de que valeria muito a pena estar lá, mostrando que ali também é um espaço para editoras e escritores cristãos, bem como para os que se interessam por esses conteúdos. O resultado foi excelente: mais de cinco horas entre autógrafos, conversas, mensagens de motivação, e uma fila que só confirmava a potência do público conservador. A velha mídia, claro, não abordou o que realmente aconteceu. Deram ênfase e criaram uma narrativa de hostilização que não aconteceu e ocultaram as conquistas que obtivemos, incluindo o fato de eu ter sido o autor da obra literária mais vendida da editora no evento.
Normalmente, ninguém quer estar em um local que não considera agradável ou que poderia gerar algum tipo de hostilidade, mas não podemos abrir mão de alcançar pessoas
Houve até mesmo os negacionistas, que afirmaram que não havia ninguém querendo falar comigo, enquanto as imagens que já se espalhavam pelas redes sociais mostravam o contrário. Para eles, deixo uma frase de Ayn Rand que cito no livro."Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ignorar a realidade."
No mundo paralelo da esquerda não tenho apoio, perco todos os embates na Câmara e ninguém quer escutar o que falo. No mundo real sou o deputado federal mais votado do Brasil e da história de Minas Gerais, meus discursos viralizam e palestro frequentemente não só pelo Brasil como no exterior. E o melhor de tudo é que não faço nada buscando protagonismo, nem mesmo político. Claro que é necessário ter um planejamento, mas para mim o investimento mais seguro não é o projeto de poder, mas o de plantar novas sementes, afinal, não faço nada sozinho e nada nem ninguém é eterno nessa terra.
Tanto no período escolar quanto na faculdade, sofri perseguições por parte dos doutrinados e doutrinadores, e o que achavam que serviria como intimidação, ajudou a me moldar e me motivar a não desvirtuar os meus valores diante da pressão do coletivo. Não fiz isso quando era “um contra duzentos”, e agora, que tenho “duzentos” ao meu lado, não será diferente.
Seguirei buscando ocupar os espaços cada vez mais dominados pela esquerda. Por fim, sempre digo que política é a ação de influência sobre as pessoas, ou seja, fazemos política todos os dias, exercendo um cargo político ou não. Nem mesmo a rede social de maior alcance teria a capacidade de chegar a todos, por isso não menospreze ou terceirize a possibilidade de orientar alguém. ''Não parar, não precipitar, não retroceder, quem durar mais, vence."
Conteúdo editado por: Jônatas Dias Lima