Ouça este conteúdo
No dia 14 de setembro, na Bienal do livro, SP, aconteceu o pré-lançamento de uma obra escrita pelos meus pais e eu: “Criando filhos para o amanhã: um livro feito por pais e filhos para filhos e pais”. Esse projeto nasceu diante de demandas de famílias que pediam orientações sobre assuntos diversos ligados à educação de seus filhos, principalmente pelo fato dos meus pais serem pastores e psicólogos.
Ainda que eu seja pai há poucos meses, pude enxergar diversos valores sendo transmitidos ao longo da minha criação e tinham também o desejo de compartilhar a minha visão com as pessoas que me seguem, e o que fez diferença na minha vida.
Minha caminhada nos últimos anos como político tem me mostrado como a educação é o pilar mais importante em uma sociedade.
Infelizmente muitos pais ainda não entenderam que essa missão é deles e transferem-na para escolas e igrejas. Assim como em todas as instâncias, há pessoas mal-intencionadas nesses lugares e que fazem o inverso, utilizando da autoridade que têm para doutrinar crianças e adolescentes. Dentre estes, muitos crescem e saem das igrejas, assim como outros que, de tão corrompidos, acabam por perpetuar o que aprenderam, seja como professores ou militantes de determinadas causas.
Por incontáveis vezes recebi mensagens de pais desesperados sem saber o que fazer diante de situações nas quais seus filhos eram bombardeados nas escolas com conteúdos que nada tinham a ver com a matriz curricular. Pais que confiavam que, ao enviar seus filhos para a escola, estes seriam preparados para o mercado de trabalho, seriam impulsionados a ler obras que de fato acrescente, enfim, receberiam uma educação de qualidade.
De igual modo, meus pais eram procurados por outros que se sentiam impotentes sem saber como lidar com determinados questionamentos, muitas vezes frustrados por não saber o que fazer já que não haviam recebido certos ensinamentos.
Nosso livro não é destinado apenas para os pais, como bem diz o título, pois todos somos filhos, mas também a jovens que desejam casar e construir uma família, mães solteiras, avós que auxiliam na criação dos netos e pessoas que têm medo de ter filhos por se sentirem incapazes. Cremos muito que será uma ferramenta que auxiliará inclusive na quebra da inversão de valores. As famílias precisam mais do que nunca serem fortalecidas para servirem de refúgio nesse mundo tão corrompido.
Quando olho para trás, vejo como o rumo de toda história pode ser mudado. Tanto meus avós paternos quanto maternos criaram seus filhos, 17 no total, na Cabana do Pai Tomás, uma periferia de Belo Horizonte, onde também nasci e cresci. O contexto na época da criação dos meus pais era ainda mais precário em alguns aspectos, e isso tornava a criação de filhos ainda mais desafiadora. Quando minha avó materna se engravidou da minha mãe, a primogênita, uma vizinha lhe sugeriu que fizesse um aborto. Meu avô foi totalmente contrário e minha avó levou a gestação adiante. Graças a essa decisão, várias gerações têm vindo para mostrar que há propósitos divinos em todas as coisas, e que nada justifica a abolição da família.
Hoje, sendo pai da Aurora, sinto ainda mais a necessidade de aprendermos o caminho para ensiná-los aos nossos filhos.
Ser pai é de fato uma responsabilidade enorme, pois por mais que não consigamos garantir que nossos filhos serão bem-sucedidos, temos o dever de pavimentar o caminho por onde passarão
Na bienal que ocorreu em 2022, no Rio, tive a oportunidade de estar diretamente com o público em uma tarde de autógrafos memorável, e dessa vez não foi diferente; em meio a uma multidão que nos apoia e xingamentos histéricos da oposição, ocupamos um importante espaço. Mais uma vez, e agora por meio deste livro, iremos colocar em prática algo que tanto reafirmamos: “Se não nós, quem? Se não agora, quando?” Ronald Reagan.
Conteúdo editado por: Aline Menezes