Em abril de 2022, durante um evento em São Paulo, Lula afirmava que aqui na América Latina, a classe média ostenta um padrão de vida acima do necessário. Por outro lado, antes de completar um ano de volta ao Palácio do Planalto, foi mais de R$ 1 bilhão gasto em viagens e quase R$ 27 milhões com reformas e troca de móveis em palácios presidenciais, inclusive com dispensa de licitação. O casal da eterna lua de mel literalmente esbanja.
Conforme o último levantamento divulgado, o Executivo adquiriu itens como 13 tapetes ao custo de R$ 375 mil, um sofá de R$ 65 mil e a troca do piso da Granja do Torto por R$ 155 mil. Um tapete com custo de R$ 114 mil, porém, merece destaque: segundo o edital do governo federal, o objetivo da aquisição é dar mais "brasilidade" ao ambiente, como se realmente fosse uma justificativa aceitável e lógica.
Como explicar que o mesmo que há pouco tempo criticou quem comprava mais de uma TV ao defender limites para o consumo, agora esteja adquirindo um enxoval de luxo em algodão egípcio? Simples: não há explicação.
Já que hoje em dia se torna verdade não aquilo que se vê, mas aquilo que o interlocutor impõe, o novo grande segredo para ostentar sem ser criticado, além de ser de esquerda, apareceu. Lula não hesitou em falar que não é frustrado por ser pobre, mesmo tendo um patrimônio declarado de R$ 7,4 milhões. E o que aconteceria com alguém que, seguindo a lógica, atestasse que um sujeito com milhões em recursos não é um necessitado, mesmo ele afirmando que é? Cuidado. Do jeito que as coisas estão, irão te rotular de aporofóbico.
Como explicar que o mesmo que há pouco tempo criticou quem comprava mais de uma TV ao defender limites para o consumo, agora esteja adquirindo um enxoval de luxo em algodão egípcio? Simples: não há explicação. Contradições aparecem a toda hora e não registrariam um intervalo muito grande entre uma e outra se o tempo fosse cronometrado fielmente tanto em um relógio simples como em um Piaget de R$ 84 mil.
Sabendo que não existe almoço grátis, a conta chega para o brasileiro que voltou a ver a palavra "imposto" nas principais pautas nacionais, e não por um bom motivo. O impostômetro ultrapassou o marco inédito de R$ 3 trilhões em impostos em 2023. Se é fato que o brasileiro nunca foi tão taxado desde o início da contagem do painel em 2005, podemos fazer tranquilamente outra afirmação: pobre não come brasilidade.
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