Na última quarta-feira (20), aprovamos na Câmara dos Deputados o PL que limita a “saidinha” de presos. Ao repercutir o fato, um veículo de mídia divulgou que, se Lula pudesse, o projeto seria vetado de forma integral; mas que não era aconselhável fazê-lo para não dar munição para a “extrema direita”. Seria ingenuidade dizer que estou surpreso, porém isso é mais uma prova de que a preocupação é primeiramente com o poder; os avanços por que os brasileiros anseiam, a esquerda vê depois.
O governo atual não foi capaz de levar água para o nordeste, mas tem obtido êxito ao formar um oceano de mentiras para tentar atacar seus oponentes. Após usar a desculpa de que 261 móveis do Palácio do Alvorada haviam sumido para que pudessem adquirir mais de R$200 mil em mobília de luxo sem licitação, foi divulgado nesta semana que todos os objetos foram encontrados, como se milagrosamente tudo tivesse aparecido, da mesma forma que acontece com a Marina Silva de 4 em 4 anos.
Novamente, a preocupação dos governistas não foi com as falsas acusações ou com o dinheiro que esbanjaram, mas sim com os efeitos negativos que isso teria quando a oposição questionasse as mentiras que eles haviam propagado. Mas vamos ao que mais importa: será que irão devolver o que foi inutilmente gasto dos cofres públicos, além de serem, por mais um motivo, incluídos no inquérito das fake news?
Nem R$197 milhões para divulgações resolvem o infortúnio de quem carece de boas realizações para levar ao público
Considerando que nem só de inverdades vive o descondenado, sua boca continua sendo uma máquina de falas imbecis que, diferentemente dele, trabalha todos os dias, sem direito a sequer uma folguinha nos fins de semana em algum sítio de Atibaia, por exemplo. Somente nas últimas semanas, Lula disse que nenhuma mulher quer namorar um ajudante geral; afirmou que um afrodescendente, assim como uma jovem negra que estava em uma cerimônia junto a ele, “gosta de um batuque”; além de gerar uma crise diplomática ao comparar o que Israel estava fazendo em Gaza com o holocausto.
À medida em que vários alimentos estão ficando mais caros, o que mais é divulgado como “feitos” do Poder Executivo Federal são as palavras “regulamentação” e “taxação”. É bom lembrar, caso ainda não tenham descoberto, que nem de longe isso é algo que deixa o povo feliz, ou com esperança de, enfim, adquirir facilmente a picanha que virou abóbora. Aliás, a PLP 12/2024 que o atual presidente quer aprovar, e consequentemente destruir o ganha pão de milhões de trabalhadores de aplicativo, fez inúmeros colaboradores se manifestarem contra a medida em Belo Horizonte; e já há uma nova mobilização nacional para os próximos dias.
Recebi vários comentários de motoboys e demais motoristas demonstrando preocupação quando me posicionei contra esse projeto que prejudica a categoria. Não somente reitero os meus parabéns a todos os que foram pacificamente às ruas, como agradeço pelo imenso apoio que recebi por meio de mensagens. Fiquei muito feliz ao ver que muitos eram meus eleitores e confiam no meu trabalho.
Enquanto debatem se o problema da presidência está nos feitos ou na comunicação (e eu particularmente acho que nem R$197 milhões para divulgações resolvem o infortúnio de quem carece de boas realizações para levar ao público), é perfeitamente possível concluir que, se a estratégia é unicamente não dar munição para a direita, até no planejamento principal o lulopetismo está sendo bastante incompetente. O trabalho da assessoria de imprensa, muito bem paga com o seu dinheiro, vai ficando cada vez mais difícil.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS