Lula recentemente bateu o recorde de liberação de emendas em um único mês, quase chegando na marca de R$12 bilhões. Enquanto recursos da educação básica, da alfabetização de crianças, do auxílio gás e da Farmácia Popular são bloqueados, o dinheiro direcionado aos parlamentares, principalmente em vésperas de votações, parece não faltar.
Lembro que pouco antes da votação da medida provisória que estabelece a estrutura ministerial do atual governo, ainda em junho, adiantei que seria a primeira grande derrota da esquerda no Congresso. E eles também sabiam disso.
A resposta foi a liberação de R$ 1,7 bilhão em emendas na última hora, o que salvou a MP. Como pensar não é o forte da esquerda, ensaiaram uma tentativa de me ironizar, mas esqueceram qual era a realidade. O presidente precisou comprar uma base que corroborasse com a manutenção de seus 38 ministérios (15 a mais que a gestão do presidente Jair Bolsonaro), que serviu, de forma óbvia, apenas para criar mais cargos para alocar aliados.
O roteiro ia se repetindo; em meio à expectativa da reforma tributária, o governo liberou R$ 5,4 bilhões em emendas, o que viabilizou a aprovação do texto. Para que o texto-base do projeto que cria o novo arcabouço fiscal fosse adiante, foi divulgado que cada voto favorável custou R$ 3,2 milhões. No total, mais de R$ 1 bilhão liberados no dia da votação. Para provar que, de fato, o povo é feito de palhaço, noticiou-se ainda deputados admitindo votar por verbas, satirizando com a frase "Pelo Brasil, né?".
Para provar que, de fato, o povo é feito de palhaço, noticiou-se ainda deputados admitindo votar por verbas, satirizando com a frase "Pelo Brasil, né?"
O mesmo Lula que durante a campanha disse que um presidente da República teria que lidar com o Congresso que foi eleito e que tentaria ''diminuir o sequestro'' que os partidos de centro fizeram com o ''orçamento secreto'', agora enfrenta o cenário em que não tem base alguma e que só consegue êxito em suas pautas, cedendo contrapartidas. Inclusive já mostrei em plenário a hipocrisia daqueles que durante o governo anterior esbravejavam contra as emendas de relator, mas que desde o início de 2023 estão totalmente calados.
Para acabar com essa farra, protocolei uma Proposta de Emenda à Constituição para barrar a distribuição de emendas orçamentárias a parlamentares durante as semanas com votações de grande impacto no Congresso Nacional, e trabalharei para conseguir as 171 assinaturas necessárias para que a nossa PEC possa prosperar.
No “governo do amor” funciona assim: enquanto milhões em recursos são destinados por um ministro para asfaltar uma estrada em frente à sua fazenda, as compras internacionais são taxadas e querem te obrigar a sustentar os parasitas
com o retorno do imposto sindical.
Afinal, é fato que os valores dos voos com os jatinhos da FAB e as viagens internacionais que custaram ao menos R$ 24,8 milhões ao Itamaraty, têm que vir de algum lugar. Obviamente, não será do bolso de quem afirmou ser pobre, mesmo declarando quase R$ 8 milhões em patrimônio. Para o brasileiro, a governabilidade custa e custará bem caro. Bem mais que os R$ 80 mil do rolex de um socialista.
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