Um binário – aquelas vias rápidas paralelas, uma indo e outra voltando – passará pelos seguintes espaços verdes: Largo Isaac Lazzarotto, Jardinete Professor Oswaldo Dória, Jardim Poeta Leonardo Henke e Jardinete Aline Cordeiro Parigot de Souza.
A intenção do binário é fazer uma ligação entre a Av. Pres. Afonso Camargo e Rua dos Funcionários, atingindo os bairros Cristo Rei, Alto da XV e Hugo Lange.
Veja abaixo o trajeto do binário, um projeto da Prefeitura de Curitiba e do Ippuc, nas seguintes imagens, todas de autoria do movimento Longa Vida ao Arquipélago de Camões.
O nome do movimento faz referência à rua Camões, por onde passará uma das pernas do binário e ao fato de os recantos a serem por ele ameaçados representarem verdadeiras ilhas de verde e recreação para os moradores.
A outra rua a ser afetada é a Germano Mayer:
O posicionamento do movimento é o seguinte (fonte):
O que ocorre na prática é que os binários viram avenidas de alta velocidade, descaracterizando os ambientes urbanos e tornando a vida mais perigosa. Na ânsia de dar fluidez ao trânsito, a cada ano que passa a PMC cria mais binários, no entanto, criá-los é dar cada vez mais margem à cultura do automóvel e ao caos que assola a mobilidade. Trata-se de uma medida que remedia um problema localizado, mas resolve por pouco tempo. As políticas de mobilidade, associadas ao planejamento urbanístico da cidade, tendem a dar preferência aos carros, criando a eles grandes corredores de passagens, o processo de gentrificação se torna cada vez mais evidente e a cidade torna-se um mero lugar repleto de regiões funcionais, sem abarcar a diversidade e a convivência.
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