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Um estudo que encontrei neste fim de semana é bastante revelador (está em inglês) quanto a como funciona a questão da idade para homens e mulheres no cinema estadunidense.

Ele mostra que à medida que os atores homens envelhecem são pareados com atrizes com cada vez maior diferença de idade para baixo. Eles mais velhos, elas mais novas. É algo que, intuitivamente, dá para perceber, mas a pesquisa quantificou e qualificou a coisa toda.

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Foram agregadas as filmografias de 20 atores homens famosos, de 1980 a 2015. Em seguida foram examinadas as diferenças de idade entre esses homens e as atrizes que interpretaram, nas telas, seus interesses românticos.

Observou-se que, a partir dos 35 anos, o padrão de diferença de idade passa a mudar dramaticamente.

Quando os atores têm idade até 34 anos, são frequentemente colocados lado a lado com atrizes de idade similar.

Depois dos 35 anos, a idade das atrizes que são seus pares cai dramaticamente e, em média, fica 10 anos abaixo.

35 é o número mágico, aparentemente.

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Em breve, o site fará o mesmo estudo com atrizes famosas, como Julia Roberts, Meryl Streep, Jodie Foster, Sally Foster e outras. Daí eu conto pra você.

Não há dúvida que o cinema influencia nossa maneira de ver o mundo, formatando o que é normativo e o que não é. Diante disso, considero o estudo bastante revelador.

Leia mais: Machismo em Hollywood 2: eles ganham BEM mais

O segredo da beleza dos homens

Isso me fez lembrar de um texto do meu amigo Alex Castro em que ele analisa o segredo da beleza dos homens que, quando envelhecem, acabam ficando “charmosos”, ao passo que nem sempre isso aconteceria com as mulheres, de acordo com nossa atual ótica:

Simples. Basta nascer em uma cultura machista, que vê o homem mais velho como progressivamente mais maduro e com mais valor, e a mulher mais velha como progressivamente mais inútil e com menos valor, e, assim, os mesmíssimos sinais de velhice no rosto de ambos serão interpretados e lidos de forma positiva no caso dos homens e negativa no caso das mulheres.

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Portanto, o jeito de resolver o problema não é com hidratantes, mas com educação. ou com uma revolução. O que vier primeiro.

Quero aproveitar para divulgar a imersão As Prisões, do Alex, que acontece de 4 a 7 de setembro, em que conceitos como empatia e narcisismo são debatidos a partir das histórias pessoais de cada um dos participantes. Clique aqui para se inscrever.

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