Uma curiosidade: Adriana Birolli anda preocupada. A atriz que fez fama nacional como a desbocada Isabel, de Viver a Vida, volta para casa pela primeira vez desde o fim da novela, com seu espetáculo Manual Prático da Mulher Desesperada. Dos tempos em que fazia teatro no bar Era Só o Que Faltava, diante de uma centena de espectadores e boêmios, se tanto.
Na nova realidade pós-sucesso nacional, ela se apresenta desta vez no Teatro Positivo, na quinta-feira da próxima semana, dia 27. Isso significa encarar uma plateia de mais de 2 mil lugares. Ou seja: ou seu público se multiplica por vinte, aumentando um bocado a responsabilidade da artista, ou o espaço fica meio vazio.
Não é o que a preocupa. Adriana teme um boicote dos curitibanos. Tanto que chegou a ligar para a redação do jornal para explicar que foi mal-interpretada na entrevista que deu meses atrás à Contigo. A mesma revista que recentemente a elegeu atriz revelação do ano.
Explica-se: Adriana falou à publicação sobre como se acostumou bem ao Rio de Janeiro. E fez algumas observações a respeito de Curitiba que, longe de serem ofensivas, assim estariam sendo lidas por pessoas daqui, motivando um suposto movimento de boicote à sua apresentação.
Ao telefone, ela esclarece espontaneamente que as frases foram tiradas de contexto e editadas para consolidar o elogio ao Rio de Janeiro, mas que sua vida está aqui. A prova, segundo ela, é que seu telefone celular continua com o código 41.
Frases:
“Sou determinada e, quando vim pra cá, há dois anos, tinha a convicção de que era para sempre. Chega um ponto em que você não tem mais para onde crescer em uma cidade como Curitiba.”
“Curitiba é muito parecida com a Suíça, é uma cidade-modelo, toda organizada, limpa, todo mundo obedece, tudo funciona, é impressionante. É tudo muito careta, não num mau sentido, mas lá não tem ninguém na rua depois das 11 da noite. Eu gostava de lá, mas não tinha a experiência de morar no Rio. Ipanema é bem a minha cara.”
Serviço:
Manual Prático da Mulher Desesperada
Teatro Positivo (Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300), (41) 3317-3283. Texto de Dorothy Parker. Direção de Ruiz Bellenda. Com Adriana Birolli. Dia 27 às 21 horas. R$ 64 e R$ 24.