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Os benefícios emocionais de viajar

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Início de ano é sempre uma época propícia a mudanças, à definição de metas e, é claro, a viagens!
Você sabia que uma pode ser aliada da outra?
Você já se deu conta de que uma viagem pode te ajudar a realizar as mudanças tão prometidas e postergadas?
Você já parou para pensar nos benefícios emocionais que uma viagem pode trazer??
Sim, uma viagem muda o funcionamento do cérebro. Para sempre!
Uma escapadinha da rotina não serve apenas para a gente se desconectar do cotidiano, serve também para formar novas conexões neurais. Quanto mais exótico o destino e mais diferente o programa, melhor é para o nosso cérebro.
Curtiu ou acha que eu estou viajando? Pois saiba que estas mudanças neuronais são comprovadas por exames de ressonância magnética funcional e nitidamente percebidas no comportamento dos “viajantes”.

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Além de turbinar capacidade cerebral, viajar pode mudar a gente para melhor.

Veja abaixo alguns dos benefícios de colocar o pé na estrada:

– Melhora da concentração
Minha avó sempre dizia: “Aplique o teu dinheiro naquilo que ninguém pode te tirar. Invista em conhecimentos, experiências e viagens. Não existe bem maior do que uma vida bem vivida”.
Viajar enriquece o nosso mundo interno. Conhecer o mundo externo, fazer novas amizades, assistir manifestações culturais e experimentar culinárias típicas fazem com que o cérebro saia do automático e funcione no modo para qual ele foi desenhado: o modo do aprendizado.
Vivenciando o diferente, o cérebro passa a ter consciência de tudo a sua volta. Atenção plena! Aqui e agora!
Não importa se o destino é longe ou perto, se é necessário ir de avião ou de carro; explorar nossos mundos externos, além dos internos, faz com que a gente se sinta mais completo.
Ao se deparar com situações inusitadas, a gente aumenta a auto percepção e a compreensão do mundo.
Aproveitar uma viagem e viver coisas novas predispõe que a gente tenha novas experiências no cotidiano também e colocar em prática as tão prometidas mudanças de início de ano.

– Melhora das funções cognitivas
A equipe de pesquisadores da Universidade de Sidney descobriu em 2012 que quem tinha viajado bastante, na sua maioria, tinha também uma maior densidade de neurônios em algumas áreas cerebrais. O cérebro gosta de novidade, As experiências de viagem criam novos circuitos neurais, aumentando assim nossas habilidades cognitivas, tais como raciocínio e memória.
Quando a gente viaja, a gente se expõe a situações fora do comum. Exemplo: descobrir como utilizar o transporte público ou pedir uma refeição em uma língua estrangeira. São essas situações desafiadoras que melhoram nossa saúde mental, fazendo com que o cérebro se exercite.

– Melhora do relacionamento interpessoal
Viagens são ótimos momentos para fortalecer laços. Em ocasiões assim, o contato é ampliado e o convívio diário, mesmo depois da viagem, tende a melhorar.
Uma experiência de viagem pode também mudar nossa escala de valores em relação à família e amigos. Nossas aspirações pessoais passam a ser mais importantes do que aquelas do trabalho.
Além disso, uma viagem cria recordações que durarão por toda a nossa vida.

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– Desenvolvimento da tolerância
Ao conhecer mundos externos diferentes dos nossos mundos internos, a gente passa a ter uma visão mais real do mundo. Ao se colocar no lugar do outro, a gente desenvolve a empatia, a tolerância e o respeito pelo diferente.

Lidar com diferenças culturais, atrasos, contratempos e imprevistos faz de você uma pessoa muito mais paciente e tolerante.

– Autoconhecimento
Não importa o destino, a maior viagem é sempre a interior.
Viajar ajuda a ver a vida a certa distância, tanto metafórica quanto fisicamente. Os olhos curiosos de turista permitem enxergar o mundo com mais clareza.

Viajar ajuda às pessoas a redescobrirem o significado de suas vidas, a embarcarem em um novo começo ou se concentrarem em um propósito.
(Olha aí as promessas de ano novo!!)

– Autoconfiança
Quando a gente lida com situações difíceis em um país estranho e falando uma língua diferente, a gente tem que se virar de qualquer jeito. Nem que seja na mímica, mas a gente vai lá e resolve. Ao descobrir os próprios recursos de improvisação, criatividade e flexibilidade sabe o que acontece? A autoconfiança vai lá em cima!!

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– Planejamento e organização
Pesquisar sobre o roteiro, que lugares visitar, quanto tempo ficar já fazem parte da viagem e dos seus benefícios. Ao mobilizar recursos de planejamento e organização, você aprende não só novas culturas, novas línguas, costumes, músicas e comidas. Aprende a ser mais organizado e independente. Se a viagem for planejada e organizada por conta própria, maior é o exercício e o benefício.

– Aumento da criatividade
Um estudo recente realizado pela “Academy of Management Journal” descobriu que as pessoas que viveram experiências internacionais são mais imaginativas e criativas do que as que permaneceram nas suas casas. Além disso, quando a gente relaxa, as ideias fluem melhor.
Quanto maior o número de lugares que a gente visita, maior é a habilidade de criar e inovar. Só que não basta passear pelos pontos turísticos e tirar selfie, é preciso mergulhar de cabeça na experiência. Aquele que vive fora, mas não faz questão de se inserir na cultura não aproveita a oportunidade.

– Faz você mais feliz
Viagens relaxam e reduzem o seu nível de estresse. Isso ocorre inclusive antes de sair de casa, ou seja, a felicidade aumenta desde o planejamento da viagem.
O psicólogo inglês Howard Gardner demonstrou que viajar proporciona muito mais felicidade do que o dinheiro ao analisar o grau de satisfação entre um grupo de pessoas que tinham ganhado e guardado um alto valor e outro grupo que tinha viajado ou tirado férias mais de uma vez durante o ano.
Todos temos uma espécie de mapa mental do mundo. Cada lugar é catalogado como mais ou menos selvagem, mais ou menos civilizado, mais ou menos divertido. O mapa mental surge graças aos filmes, documentários, leituras, aulas, histórias e estórias. E é este mapa do mundo que a gente leva quando coloca o pé na estrada. E são os lugares menos conhecidos que mais surpreendem já que eles não tem correspondência no nosso mapa mental. As novidades fascinam e fazem a gente mais feliz!

– Ajuda a superar uma perda
Quando a gente perde algo ou alguém (um emprego, uma relação, ou uma pessoa querida), é como se a gente perdesse uma parte nossa. Sobra um buraco. Um vazio.
Fazer uma viagem pode resgatar o sentido do “Eu”. Ao viajar, e lidar com as novidades e perrengues, não dá para ficar no modo desligado.
É preciso ter os pés no chão e viver a vida no aqui e agora.

– Faz você se sentir vivo
A gente sente o tempo passar diferente dependendo da atividade. Quando a gente viaja e é exposto a situações inusitadas, a sensação é de que as horas foram mais bem aproveitadas.
Respirar fundo, aguçar os sentidos e tornar-se consciente de tudo e de todos fazem que a vida valha a pena.
Viajar acrescenta vida aos nossos anos!

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– Desapego
Ao organizar a bagagem não é possível levar tudo que se quer. Mala nenhuma, seja ela de 15 kg ou de 32 kg, comporta a casa toda. É preciso estabelecer prioridades, fazer escolhas e praticar o desapego. Carregamos todo dia muita inutilidade (coisas e não coisas) e fazer a mala já é um baita de um exercício. O ideal é viajar leve, de corpo e alma, para encher a memória com muita experiência e história para contar.

Bora viajar??

Por Luciane Werneck Botelho

 

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