O ato de sugar é uma necessidade sensitiva e motora que proporciona paz, bem-estar. A sucção do peito traz satisfação afetiva e de segurança, e a sucção da chupeta tenta mimetizar este ato. O que acontece é que, os hábitos de sucção da chupeta fortalecem os músculos da bochecha, mas de contra partida o ato de chupar chupeta diminui a atuação da língua dentro da boca, predispondo a um estreitamento da arcada dentária, a falta de espaço para o nascimento dos dentes e apinhamento, ou como é mais conhecido ‘dente torto’. Além destas complicações, frequentemente, estas alterações causadas pelo uso da chupeta, estão associadas a outros problemas como a amidalites, adenoides, otites e outros distúrbios de ordem respiratória. Segundo a fonoaudióloga Carolina de A. Kafka, “o uso da chupeta deve ser moderado, pois caso contrário ele pode influenciar no surgimento de um problema conhecido como “mordida aberta”. A partir do segundo ano de vida da criança já é possível perceber alterações na dentição e no processo de desenvolvimento de fala e linguagem.” É importante saber o momento de retirar a chupeta da criança. O mais indicado é que isto ocorra até no máximo os dois anos de idade do bebê para facilitar que os dentes voltem para o lugar e a mordida não seja afetada. E vale lembrar que o uso da chupeta deve ser limitado apenas na hora de dormir e assim que o bebê pegar no sono retire a chupeta da boca da criança. Na hora de eliminar o uso da chupeta é preciso tornar esse momento natural para a criança. Portanto explicar a ela que está crescendo e que não precisa mais usar chupeta é essencial. Às vezes é necessário tirá-la aos poucos, reduzir o tempo e os intervalos com os quais a criança fica com a chupeta. É importante consultar um odontopediatra para analisar a arcada da criança, além de ser feita uma consulta ao dentista, antes de nascerem os primeiros dentinhos, para receber orientações sobre higiene bucal.
Por Karen Petrelli de Castro
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