Estou no Rio de Janeiro e é impossível escrever sobre outro assunto.
Hoje a temperatura chegou a 39 graus C!
Não estou em treinamento ainda, mas é obvio que parada não consigo ficar. A opção é a linda orla do Leblon e Ipanema para praticar corrida, já que não trouxe minha bicicleta. Cheguei e já no dia seguinte coloquei meus shorts e o tênis de corrida para correr neste lugar maravilhoso. Eram oito horas da manha e depois de três quilômetros o “motor esquentou e fundiu”. Voltei caminhando – o que não foi também nada fácil .
Vamos correr a noite então, certo? Claro… Quem em sua sã consciência pratica corrida em uma temperatura que beira a sensação térmica dos 50 graus C? No segundo dia então, fui correr ás nove da noite. Mas não foi muito diferente, confesso. A pressão arterial abaixou novamente, suei excessivamente… E não consegui- novamente -completar os 4 quilômetros programados.
Teríamos um tempo de adaptação para que o corpo se ajuste as temperaturas?
De acordo com vários estudos realizados, o corpo necessita de 10 a 14 dias de exposição a temperaturas relativamente mais altas ou mais baixas – do que se está acostumado – para que comece a colher os benefícios da aclimatação.
O exercício físico acelera o metabolismo, aumentando consideravelmente a produção de calor. Conforme a intensidade do esforço físico e as condições ambientais, a temperatura corporal central pode elevar-se a níveis prejudiciais à saúde. Portanto, pessoas que se exercitam em ambientes muito quentes enfrentam desafios fisiológicos e podem ser acometidos por lesões térmicas sérias e até risco de vida.
O exercício intenso é o fator que produz o efeito mais notável sobre o metabolismo. Pesquisas indicam que em repouso, os músculos podem produzir até 25% do calor total do corpo; e ao se contraírem a produção de calor aumenta grandemente, por causa do aumento da taxa metabólica.
O que determina de maneira definitiva o dano que o calor causa ao nosso organismo são as condições climáticas de ar seco ou úmido. Em condições de ar seco o organismo humano pode suportar temperaturas atmosféricas em torno de 65,5 C por várias horas. Em condições de umidade do ar a 100%, começa a ocorrer a elevação da temperatura corporal sempre que a temperatura ambiental ultrapassar 34,4 C .
Câimbras, edema e síncope pelo calor são doenças térmicas brandas, e não estão associadas à hipertermia. Estas doenças são provocadas por alterações fisiológicas decorrentes da aclimatação e estresse térmico, mas a boa notícia é que elas melhoram mediante repouso e hidratação.
Qual seria então o segredo para sobreviver aos treinos neste calor intenso?
Aclimatação.
Após, pelo menos 5 dias de adaptação o seu corpo já melhora as funções cardiovasculares.
Aumente o consumo de líquidos com água ou bebidas esportivas em pequenas quantidades a cada 15 minutos. Bebendo liquido suficientemente existe uma diminuição de ritmo cardíaco durante o exercício, mais sódio será retido pelo corpo e menos excretado no seu suor e urina.
O fator mais importante da adaptação ao clima é a função das glândulas sudoríparas ao se tornarem capazes de conservar o sódio no organismo.
Consuma o sódio suficiente para substituir o que é perdido por meio do suor através de bebidas isotônicas. Faça pausas frequentes e curtas durante a pratica esportiva enquanto estiver se acostumando ao clima quente.
Coma pequenas porções antes de se exercitar.
Procure usar vestimentas apropriadas para o clima. Sem elásticos e com tecidos de tecnologias de proteção UV – pois estas possuem fios constituídos de materiais capazes de bloquear os raios solares. Evite roupas que absorvam o suor como – por exemplo – o algodão.
Durante as minhas tentativas de corrida no Rio de Janeiro, tive a minha companhia do Andrei – meu namorado. Isso me fez pensar se homens e mulheres reagem da mesma maneira às alterações de temperatura. O metabolismo do homem é naturalmente mais acelerado do que o da mulher, por causa da maior quantidade de massa muscular. Isso faz com que ele produza mais calor e, consequentemente, transpire mais.
Por final, uma pergunta: Eu, uma Curitibana “nascida e criada” nesta cidade, costumo no inverno escutar que o frio é psicológico. Voce acha que assim como o frio, o calor também é psicológico? Se sim, por favor, me diga como controlar esta psique.
Cuide-se neste calor intenso. Respeite o tempo de aclimatação do seu corpo. Hidrate-se e bons treinos de verão!
Sou Cynthia Duarte – Atleta profissional de ciclismo por 20 anos, atualmente triatleta.
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Por Cynthia Duarte
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