Diário de uma Empreendedora

Acho que fui empreendedora desde pequena. A minha primeira lembrança relacionada vem desde as férias de verão da casa minha avó, onde eu pegava limões do pomar, fazia limonada, montava uma mesinha na calçada da frente e ficava oferecendo limonada quente para os vizinhos.

crédito: Visualhunt

Não sei, ainda dizer, se a veia empreendedora nasce com você ou se você se educa ao longo dos anos. Talvez eu já deveria ter essa resposta, porque ano que vem entro nos “enta”, mas o fato é que tenho dúvidas sobre tudo o que significa ser empreendedor.

Mas vou deixar esse dúvida para gente discutir em outro post.

Nesse meu primeiro post (e estou muito orgulhosa de escrever na Gazeta do Povo e minha mãe deve estar também), quero contar para vocês um pouco mais sobre essa vida de empreendedora que vem me acompanhando há anos com altos e baixos, sorrisos e lágrimas, mas sempre com muito amor, energia e vontade de fazer alguma diferença no mundo.

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Além de eu vender limonada quando pequena, eu já vendi e idealizei outros negócios. Eu queria ter estudado moda na faculdade, mas como em muitas famililas, a minha mãe achou um absurdo. Eu acho que faculdade de  moda em 1994 não era nem reconhecida pelo Mec e, obviamente, ainda menos pela minha mãe como provavel futuro para a sua filha.

Além de moda, eu sonhava em ser publicitária mas acabei dirigindo meus passos para Análise de Sistemas na faculdade porque dava mais dinheiro na época.

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Já criei tantas ideias de empresas que perdi as contas. Mas pode anotar ai, desde empresas de vestuário, bijoux, importar vinhos, empresas de turismo… Uma vez inventei com a minha irmã uma excursão para a Oktober fest. Na loucura alugamos um ônibus e lotamos de amigos e conhecidos. E deu certo.

Eu acredito que você possa ser empreendedor em qualquer situação, inclusive com a sua carteira assinada e o salário garantido no final do mês.

A vida é engraçada e curiosa,  se você deixa ela vai te colocando novos caminhos e aventuras para você trilhar. Eu trabalhei em muitas empresas e tive muitas experiências diferentes, fui gerente, fui gestora, fui apenas funcionária, tive equipes grandes e pequenas, trabalhei em microempresas e até em multinacionais. Fui ao longo dos anos conquistando meu espaço como Análista de Sistemas, mesmo não sendo minha ideia favorita. No meio desse caminho aconteceram duas coisas importantes na minha vida. Eu tive um filho e depois conheci um espanhol que conquistou meu coração (Essa é a ordem correta mesmo, primeiro o filho depois o marido).

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Em 2007 eu me casei e fui morar na Espanha. Meu visto de trabalho demorou pra sair ( 8 meses) e nesse tempo perdi meu trabalho em Madrid, em uma grande multinacional. Fiquei em casa um tempo e depois o bicho siricutico picou e eu fui procurar o que fazer. Achei um curso de designer de uma escola italiana, meu desejo da vida inteira. E lá fui eu encarar o dia dia de estudar a noite durante 8 meses.

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Saí desse curso com um plano de negócios pronto e com uma ideia na cabeça e muita vontade no coração. Apresentei esse projeto na prefeitura de Madrid e consegui entrar em uma incubadora de empresas. ( Papo para outro post, contar em detalhes essa aventura).

E a vida continua com suas voltas e voltas. Em 2012 lá vim eu novamente para o Brasil devido a transferência do trabalho do meu marido. Recomecei no meu próprio país.

Hoje só vou te contar que continuei minha vida empreendendo, sorrindo, as vezes achando que não sei fazer as coisas direito, mas com a certeza de querer fazer que me deixe feliz e satisfeita.

foto: happy things

Primeiro veio a Happy Things e depois o Clube da Alice e hoje estou aqui escrevendo para a Gazeta do Povo. Novas aventuras estão chegando e eu estou aberta para deixar a vida me levar por novos e curiosos caminhos e vou te contar como vai ser tudo isso aqui no Palpite de Alice.

foto: happy things