* Imagens aéreas e terrestres : Zé Diogo
*Edição de vídeo : Andrei Chiminazzo
A largada do SESC Triathlon Caiobá foi como o previsto, tensa! Me senti como em um filme de zumbis – onde o desafio era escapar das mãos e braços que me agarravam pelas pernas, me afundavam e não me permitiam nadar.
Relatando esta situação para algumas triatletas mais experientes, escutei de todas: “ Bate as pernas e dê chutes para se livrar delas!!”
Não consigo me imaginar com esta atitude… Sem julgamentos, mas venho de um esporte – o ciclismo – onde o contato físico é zero. Imagine se eu machuco alguém? Quebro um dente ou machuco o olho de alguma destas meninas? Não… não… Melhor deixar passar, acalmar!
Na minha “proa” muitas mulheres, não avistava nenhum espaço para ultrapassar, na popa, “o filme de zumbis”. Assim fomos até a primeira boia – 250 metros. Nos 500 metros restantes o fluxo das 112 mulheres que largaram na categoria ficou um pouco menos intenso e, finalizei tranquilamente a primeira parte do triatlhon – a natação.
*Créditos da foto: Foco Radical
Transição. Vamos lá! Para mim, sempre um desafio. Primeiro porque a T1 – a primeira transição do triatlhon – é a que menos treinamos. Sair da agua correndo pela areia, mareada, até a “distante” área de transição e iniciar o ciclismo, é uma etapa em que o corpo não entende muito o que está acontecendo. Ele me perguntou: “ Afinal… Voce quer nadar, correr ou pedalar? Estou confuso!!! Decida-se!!!” Mas em poucos quilômetros – aproximadamente uns quatro – o meu corpo já entendeu: “Ah, ok. Estamos pedalando então. Vou concentrar o fluxo de sangue para oxigenar seus músculos dos pernas!”
*Créditos da foto: Foco Radical
Tive a sorte durante o percurso do ciclismo de pedalar quase todo o trajeto com duas atletas com um ritmo elogiável de pedaladas. Nesta prova de triatlhon, a utilização do *vácuo é permitida e, apesar da chuva conseguimos fazer uso deste benefício para finalizarmos satisfatoriamente a parte do ciclismo. Parabéns Marine Kovalhuk Lima e Paola Rebelatto Alcântara pelo excelente desempenho!
Agora sim, última parte. Prepara o corpo, vamos correr!
Após uma pequena enroladinha na área de transição calçando os tênis, colocando a viseira o cinto com o numeral e um tomando um gole do repositor eletrolítico, saí para os cinco quilômetros de corrida na avenida beira mar de Caiobá. Os primeiros passos são estranhos. Os pés batem o chão não sabendo muito onde ele está.O corpo então começa a enviar o oxigênio agora também para os braços enquanto compreende e estabiliza o impacto das pisadas da corrida.
Corri bem, considerando todos os contratempos que tive durante a preparação.Tive duas entorses no tornozelo cruzaram o meu caminho nestes três meses e, os treinos de corrida foram então os mais prejudicados.
Cruzei a linha de chegada de mãos dadas com uma colega de treino, Claudia Lima, de quem ganhei um sincero abraço e com este sentimento, encerrei a minha missão, o meu desafio e, a história de preparação para uma prova de triatlhon.
*Créditos da foto: Foco Radical
Deixo aqui a mensagem de que qualquer pessoa pode realizar um desafio como este. Pois com determinação, dedicação, informação e principalmente paixão, tudo é possível!
*Vácuo no ciclismo – Pedalar posicionado logo atrás de um outro ciclista, se protegendo da ação do vento.
Todos os vídeos estão disponíveis no canal do Ciclismo Campeão no youtube. “Be my guest!” Você é meu convidado!!! https://www.youtube.com/edit?o=U&video_id=MYaW4V3WQ_Q
Sou Cynthia Duarte e este é o Diário de uma triatleta. Fui ciclista profissional por 20 anos e, depois de me aposentar há 06 anos, aprendi a nadar e a correr para realizar o sonho de fazer um triatlhon. Há aproximadamente 01 ano me “destreinei” ao máximo para contar a história da trajetória de treinos de uma mulher comum, que decide se inscrever em uma prova de triatlhon e adequar as rotinas dos treinos á rotina pessoal e profissional. E claro, contar através do diário de vídeos postados semanalmente aqui na Gazeta do Povo online.
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Por Cynthia duarte