Com forte representação do streetwear, a inspiração da primeira coleção dos músicos, foi o mito do samurai negro Yasuke, um escravo moçambicano que foi levado ao Japão por um jesuíta e educado como samurai por um mestre japonês. As roupas trazem estampas gráficas, contraste de cores e o minimalismo do Japão; além de influências das estampas estilizadas da África, a partir da padronagem dos tecidos tradicionais de angola, a Samakaka, tudo em preto, branco e vermelho. Uma releitura de fragmentos, criando novos desenhos, únicos e originais. A direção criativa foi assinada pelo estilista João Pimenta, dono de um estilo muito conceitual e mestre na representação da indumentária masculina, que busca atender os consumidores fora dos padrões de medidas.
Malha, moletom e alfaiataria em peças estruturadas, quimonos e ombreiras. Frases das músicas do rapper como “A rua é noiz” e “I love quebrada”, aparecem em suas camisetas desejáveis que vestem a todos: seu tamanho plus size é 5x maior.
Além das roupas, o que mais chamou atenção foram os modelos, selecionados para fugir dos padrões de beleza comum nas semanas de moda. Para Emicida, em entrevista na GQ, “faz todo o sentido moda e o rap conversarem. O modo de vestir sempre foi uma expressão marcante do hip-hop e ambos podem ser expressões urbanas, do que se vê na rua mesmo”. Para o rapper e empreendedor o lance é fazer história, seja nas rimas ou nas camisetas.