O Dr. Benedetti ressalta que muitos fatores estão associados a endometriose inclusive predisposição genética. Uma mulher cuja mãe ou irmã tem endometriose apresenta seis vezes mais probabilidade de desenvolver a doença do que as mulheres em geral. Outros possíveis fatores de risco: Começar a menstruar muito cedo, nunca ter tido filhos, ciclos menstruais freqüentes, menstruações que duram sete dias ou mais.
O principal sintoma na endometriose é a cólica menstrual, também chamada de dismenorréia. As cólicas geralmente são intensas e progressivas, ou seja, a mulher precisa cada vez de mais remédios analgésicos para conviver com ela.
A dor durante a relação sexual também é um sintoma frequente e em algumas mulheres impossibilita a atividade sexual. Outro sintoma comum é a infertilidade: 30% das mulheres com infertilidade têm a endometriose como causa principal. Além dos sintomas ginecológicos as portadoras de endometriose podem apresentar intestino preso, sangramento nas fezes ou na urina, alterações de sono e até mesmo depressão. Toda essa sintomatologia costuma prejudicar a vida social, familiar e certamente tem impacto negativo no trabalho.
O diagnóstico da endometriose é difícil e envolve exames de imagem, laboratório e até mesmo laparoscopia.
Segundo Dr. Benedetti não há um tratamento padrão, cada paciente deve ser avaliada forma única, sua história, idade e desejo reprodutivo imediato ou tardio vão permitir ao médico propor o tratamento ideal: medicamentoso ou cirúrgico. É fundamental que após tratamento a paciente faça um seguimento rigoroso com seu médico, pois quem desenvolve endometriose uma vez tem alta chance de apresentá-la novamente. Para evitar que isso aconteça, utilizamos o que chamamos de prevenção secundária para endometriose cujo objetivo é bloquear a menstruação.
A Nutricionista Thaisa Stavitzki alerta que alguns estudos sugerem que uma dieta equilibrada ajuda a controlar os sintomas da doença, fortalecendo o sistema imunológico e reduzindo a inflamação.
Dessa forma, durante o tratamento da endometriose, é importante evitar:
*Produtos industrializados, muito processados e lotados de aditivos químicos.
*Açúcar, doces em geral, produtos feitos a partir de carboidratos refinados (muito
*Gordura hidrogenada ou trans presente em produtos industrializados (margarinas, bolachas,
Nessa fase, recomenda-se a ingestão de alimentos ricos em ômega 3, vitamina C, Vitamina E, Frutas, verduras, selênio (castanha do Brasil, alho, cebola, milho, nozes), polifenóis (uva, jabuticaba e frutas vermelhas em geral), EGCG (Chá verde), azeite de oliva, vitaminas do complexo B. processados e pobre em fibras) e adoçantes artificiais;
Para aquelas mulheres que tem seu diagnóstico confirmado e iniciam essa difícil caminhada o Dr. Benedetti recomenda que conheçam o GAPENDI – Grupo de Apoio às Portadoras de Endometriose e Infertilidade, idealizado e formado por pacientes que sabem bem como é conviver com uma doença tão dolorosa, enigmática e difícil de tratar. Todas as participantes vivenciaram (e ainda vivenciam) as dores que a Endometriose causa, tanto físicas quanto emocionais. Porém, ao se unirem, percebem que a amizade e o apoio mútuo podem fazer toda a diferença nesta árdua jornada.
Por Danielle Kiatkoski