Monica era uma menina muito alegre e comunicativa. Tinha facilidade em fazer amizades e já despontava como uma grande líder.
Certafeita, acordou uma manhã ensolarada e ao abrir a janela de seu quarto, deparou-se com diversos botões de flores no singelo jardim de sua casa. Pronto! Foi o que bastou para que ela imaginasse uma linda festa da primavera em sua escola.
Aquela manhã passou se arrastando para Niquinha! Não via a hora de chegar na escola e conversar com as amigas e claro, pedir autorização à diretora.
Eram exatamente 13h15 quando ela bateu à porta de D. Nice, a amável diretora do Grupo Escolar Amigos do Céu, Amigos da Terra. Niquinha explicou sua ideia em poucos minutos. Para sua surpresa, a autorização para a tal festa veio fácil. Aliás, meio fácil…
Havia uma lista de condições a serem respeitadas: todas as crianças da escola deveriam ser convidadas, deveria haver uma apresentação única para todos, os ensaios deveriam ser no final das aulas, os pais deveriam vir e assim por diante.
Niquinha nem pensou uma segunda vez! Disse um sonoro SIM e saiu em uma corrida desembalada para contar às amigas a grande novidade. E como rastilho de pólvora, a notícia se espalhou e não se falava em outra coisa.
Niquinha no mesmo dia afixou uns cartazes chamando todos os interessados para a apresentação para um primeiro ensaio no final da tarde do dia seguinte.
Ao chegar em casa contou as boas novas à mamãe e ao papai e mal tocou na comida do jantar, tamanha a ansiedade em preparar tudo para o primeiro ensaio. Ela escolheu uma música linda e animada, bolou alguns passos de coreografia e já desenhou algumas ideias de fantasia.
Bem cansadinha, resolveu dormir, afinal, pensou ela, já estava com tudo pronto!
O primeiro ensaio foi assim, como direi… Assustador… Apareceram mais de 100 crianças à quadra, local previsto para a tal. Era tanta gente que Niquinha não conseguiu nem fazer com que escutassem a música!
Como ela era persistente, agradeceu a presença, disse que aquele momento era somente para ter uma ideia do número de participantes e dispensou o grupo com o convite para retornarem no dia seguinte, no mesmo horário e local.
A noite, de casa, ligou para o tio que era músico e já pediu um microfone e uma caixa de som emprestadas para o ensaio.
Bem cansadinha, resolveu dormir, afinal, pensou ela, agora sim, já estava tudo pronto!
O segundo ensaio foi assim, como direi… Improdutivo… Ela falava ao microfone com as 100 crianças e elas pareciam escutar, porém ser ouvir de fato! Foi exaustivo! Quando ela arrumava as meninas da esquerda, os meninos da direita saiam da posição e assim por diante. Novamente ela agradeceu e remarcou para o dia seguinte!
E os próximos ensaios foram assim, como direi, mais ou menos… Parecia que a coisa não ia…
Na sexta à noite ela chegou em casa, cansada e meio desanimada… Comentou com sua mãe sobre todas as “tretas” e como se sentia frustrada em não dar conta do recado…
Sua sábia mãe, nada disse. Apenas colocou um enorme bolo de chocolate na frente de Niquinha e perguntou: “Filha, como é mais fácil comer este bolo? Tentando engolir ele inteirinho ou cortando em pequenas fatias? ‘ Niquinha riu e respondeu que ela não conseguiria comer o bolo todo numa “pegada” só… Disse ainda: Minha boca e estômago são “niquinhos” mami! Claro que tenho que fatiar! Ah! E comer com todos vocês aqui de casa né? Mas que pergunta mais boba é essa agora?’
A mãe respondeu: “Sua festa é o bolo todo filha! E você está tentando comê-la numa bocada e sozinha! Que tal “fatiar” a festa e servir o bolo para mais pessoas?”
Niquinha deu pulo e foi abraçar a mãe! Ela entenderá perfeitamente a metáfora!
No ensaio seguinte, separou as crianças por faixa etária e fez 4 grupos de ensaio. Montou uma comissão de ajudantes e cada uma colaborou com alguma atividade relevante: decoração, fantasias, convites, comes e bebes e música.
A festa foi um sucesso! Mas o que Niquinha comemorou de fato, foi o aprendizado de como fatiar os bolos que a vida nos traz!
Um beijão,
Dani
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