Vovó Beta era aquele tipo de avó que a gente tem vontade de carregar no colo! Querida, amorosa e sempre presente na vida dos netos.
Naquele dezembro, chamou-os em casa para ajudarem na decoração de Natal e escreverem as cartinhas para o Noel.
Entre bolas, galhos de árvores e enfeites natalinos, salvaram-se todos! A casa ficou ainda mais aconchegante e acolhedora!
Quando finalmente sentaram à mesa para escrever, já se via o sol indo descansar no horizonte.
Vovó Beta deixou muitos lápis, canetas, envelopes, figurinhas, tesouras e colas para que a carta fosse feita com todo carinho e capricho.
Os netos pegaram os papéis e iniciaram com a tradicional saudação “Querido Papai Noel”. Ela foi buscar um suco e quando voltou, as crianças estavam discutindo sobre o que pediriam nas cartas.
Arthur disse assim: “Ai vó! Eu já tenho o videogame que quero e os jogos também! Não sei o que pedir de Natal!”
Laura replicou: “ Azar seu querido! Eu já sei tudo o que eu quero! E por favor né? Uma folha só é pouco! Quero a American Doll com muitas roupinhas e vou desenhar uma por uma para ele não se confundir nem com a cor nem com o modelo”.
Fellipe já adiantou que queria dinheiro para comprar itens nos jogos virtuais e Manu, pensava em quais coleções de livros iria pedir. Davi e João Bento disseram que iam pedir muitos Legos e Miguel não sabia qual Nerf era a melhor e pedia dicas para o irmão e os primos.
Vovó Beta lembrou de uma história que ouvira de sua avó, a bisa Maria e julgou ser o momento oportuno para compartilhar com seus pequenos:
“Parem um pouquinho com esta carta, crianças. Quero contar uma história que a minha avó Maria, a tataravó de vocês, contou-me uma vez!
Teve um Natal, há muitos anos atrás, quando não existia nem televisão, que algo muito estranho e diferente aconteceu!
Era época de natal e as crianças estavam escrevendo as cartinhas para o Papai Noel igual vocês, pedindo os presentes para aquele ano. As cartas foram enviadas, mas voltaram com uma resposta anexada. E todas as respostas eram iguais:
Foi um grande alvoroço na cidade! Nem as crianças, nem os pais entendiam o que aquela mensagem queria dizer! Seria um enigma?
O forfé foi tamanho, que até o prefeito da cidade acabou se envolvendo! Montaram uma comitiva e foram ao Polo Norte buscar respostas àquela charada.
A equipe da administração pública foi recebida com muita cortesia, na sala de reuniões da fábrica mágica do Papai Noel. Foram todos acomodados. Em poucos minutos, o amado velhinho abriu a porta principal e foi ter com eles.
Após os cumprimentos e saudações iniciais, Noel foi direto ao ponto:
“-Imagino o que os traz aqui, senhores! Serei bastante objetivo, porque a data da entrega das minhas encomendas não demora e a fábrica está a todo vapor, necessitando da minha constante supervisão!
As crianças têm me enviado cartas contendo seus pedidos de presente para o Natal. São listas intermináveis de itens, muitos supérfluos e em quantidade exagerada. E dentre as mensagens, poucas contém palavras de gratidão, por tudo o que vida já lhes proporcionou. Minha orientação é clara. Desejo que as crianças façam uma lista de presentes ao contrário! Que ao invés de pedir, agradeçam por tudo que já possuem!
Sugiro que os pais estejam presentes e os auxiliem nessa tarefa! Há tanta coisas pelas quais podemos agradecer! Pela natureza, pela suas casas, pelas famílias, pela saúde, pelos brinquedos, pelas roupas, pela escola e por ai afora!
Claro que não me negarei a entregar os pedidos e encomendas, mas este pedido é um presente especial que enviei, antecipadamente, a cada um deles: a oportunidade de olhar ao redor e ver como temos muitos motivos para agradecer!
Experimentar a gratidão, é receber a chave da porta de entrada da morada da felicidade!”
Abraçou um por um e voltou aos seus afazeres!
O prefeito voltou a cidade, radiante de alegria! Compreendera a charada e propiciaria um aprendizado a toda a população da sua amada cidade: o exercício da gratidão.”
A explicação do Noel, trazida pelo prefeito, logo se espalhou pela cidade e até o final de semana, todas as listas de presente ao contrário já tinham sido escritas e encaminhadas à fábrica mágica do Noel e aquela preciosa lição, ficou marcada no coração de cada um que compreendeu!”
Os netos de D. Beta, também entenderam a lição! Abraçaram a avó e começaram logo suas próprias listas do contrário!
Naquela noite, mesmo cansada, vovó Beta orou. Agradeceu a Deus, pela magia do Natal e por conseguir transmitir este encantamento a sua amada família!
Por Dani Lourenço
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