Em algum lugar pode existir alguém louco para ser seu amigo secreto, já pensou nisso?
Alguém esperando por um gesto seu para seguir em frente: doação de medula óssea. Segundo o dicionário informal doar significa entregar-se para o outro, ser caridoso e prestativo aos serviços do próximo.
Você pode doar vida!
O primeiro passo é muito simples: basta fazer seu cadastro de doador de medula no hemocentro de sua cidade e retirar uma pequena quantidade de sangue para identificar suas características genéticas. Em seguida seus dados são armazenados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), instalado no INCA.
Através de um sistema informatizado os dados dos doadores cadastrados e dos pacientes que precisam de transplante são cruzados e a compatibilidade é testada. O transplante somente poderá ser realizado se houver total compatibilidade entre doador e receptor, caso contrário a medula é rejeitada. Atualmente o REDOME tem cerca de 3,5 milhões de doadores cadastrados, porém a chance de encontrar um doador compatível é de apenas 1 em 100.000. Outro fator que dificulta esse processo é o grande número de cadastros desatualizados. Quando não há doador compatível no REDOME é feita uma busca nos registros internacionais, existem 21 milhões de doadores cadastrados no mundo todo.
Essa semana o Alice do Bem do Clube da Alice lançou a campanha “Unidas pela Vida”, o objetivo é incentivar as pessoas a se cadastrarem como doadores voluntários aumentando a chance de quem espera por uma medula. Aproximadamente 1.500 pessoas aguardam por uma medula compatível e por um leito disponível no Brasil, a expectativa é que até o fim desse ano o número de leitos chegue a 250, o triplo do que existia em janeiro de 2015. Somente o aumento do número de leitos não é suficiente, precisamos de novos doadores e atualização dos cadastros já existentes.
Para muitos pacientes o transplante de medula óssea é a única esperança de cura. Para se cadastrar é preciso ter entre 18 e 55 anos e não apresentar doença infecciosa ou incapacitante.
Você pode ser multiplicador da esperança!
Por Danielle Kiatkoski – Médica Gastroenterologista