Apesar de ter sido adotado como símbolo feminino, foi o rei francês Luís XIV, no século XVII, que propagou o uso do salto alto. No reinado de seu sucessor, Luís XV, o salto alto ganhou ainda mais destaque e o que antes era exclusividade do guarda-roupa masculino passou a fazer parte do vestuário das mulheres.
No início do século XX nós, mulheres, fomos “liberadas” dos espartilhos, mas há quem ainda acredite na obrigatoriedade do salto alto. A situação é ainda mais grave quando a estatura é baixa (meu caso): “você pode usar pantalona, é só colocar um salto”, “mas para trabalhar você usa salto, né”?
Preciso decepcioná-la como amiga, pois não vou levar a sério esse conselho; mas vou animá-la como stylist e, como dizem por aí, “mulher moderna”: ninguém precisa de salto alto! Nem quando o seu ambiente de trabalho é formal, nem no happy hour, nem para sair pra dançar, nem em um jantar romântico, nem para ir a um casamento (mesmo se a noiva for você), nem para estar adequada em uma formatura.
A obrigatoriedade do salto alto é um equívoco e a relação dele com a elegância um equívoco maior ainda. Quem ousa questionar a elegância de Audrey Hepburn com seu belo par de sapatilhas? Sem parecer imperativa, sinto necessidade de situar você, leitor, na linha do tempo: Dois mil e dezeseis e ainda tem gente achando que feminilidade depende de salto alto.
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