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Nos últimos dias Curitiba viveu a efervescência do UFC, ingressos que se esgotaram rapidamente, debates inflamados e 45.000 pessoas presentes. O maior já evento desse tipo realizado no país. Há dias do espetáculo uma notícia decepcionante: Anderson Silva estava fora!

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Uma colecistite aguda o afastou do octógono. A colecistite é uma inflamação da vesícula decorrente da obstrução do canal biliar. Em 90% dos casos ocorre pela presença de litíase, o chamado cálculo ou pedra na vesícula.

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A vesícula é um pequeno órgão localizado junto ao fígado e tem como função armazenar a bile. O fígado produz a bile e envia para a vesícula, após a alimentação ela se contrai eliminando a bile na luz do intestino. A função básica da bile é digerir as gorduras e ajudar na absorção de nutrientes como as vitaminas A, D, E e K. Os cálculos se formam quando há um desequilíbrio nos elementos que compõe a bile e 75% deles são formados por colesterol. Muitas vezes os cálculos são assintomáticos, entretanto algumas pessoas sentem dor no lado direito do abdome após a alimentação podendo ser acompanhada por febre, náuseas ou vômitos. Essas crises de dor podem ser repetitivas ou vir de forma súbita como no caso de Anderson Silva. O diagnóstico é feito através de ultrassonografia (ecografia) de abdome.

Alguns fatores aumentam o risco da formação de litíase biliar: Mulheres, acima de 45 anos, sobrepeso, história familiar de litíase, múltiplas gestações e diabetes. O tratamento para a pedra na vesícula é a retirada total do órgão, não adianta remover somente as pedras. Essa cirurgia pode ser feita no método tradicional (cirurgia aberta)ou por laparoscopia. Segundo Dr. Fabiano Elias, Cirurgião do Aparelho Digestivo do Incigap – Instituto de Cirurgia e Gastroenterologia do Paraná, hoje em dia a cirurgia é feita por laparoscopia, salvo em situações clínicas bem específicas que possam contraindicar a cirurgia por vídeo. Entre as vantagens da laparoscopia o Dr. Fabiano cita menos dor no pós-operatório, cicatriz menor e recuperação mais rápida. A maioria dos pacientes tem alta no dia seguinte a cirurgia.

O Dr. Fabiano alerta sobre os riscos de permanecer com as pedras na vesícula. Pode ocorrer inflamação da vesícula biliar (colecistite aguda) e necessidade de cirurgia de emergência. Outra situação preocupante é quando os cálculos tentam sair da vesícula e obstruem via biliar promovendo icterícia (cor amarelada nos olhos e pele) ou ainda em maior gravidade migram para o pâncreas. No pâncreas causam inflamação que dependendo da intensidade pode ser muito grave e com altos índices de mortalidade.

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Vamos remover as pedras do seu caminho?

Por Danielle Kiatkoski