Em um recente relatório da UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância, em inglês “United Nations Children’s Fund” – que foi divulgado no dia 15 de junho, mostrou dados de crescimento da obesidade infantil e relatou uma piora na saúde mental das crianças no mundo.
Haveria então uma relação direta entre a obesidade infantil e a saúde mental de crianças e adolescentes?
Sim. Crianças obesas desenvolvem problemas psicológicos como, timidez, ansiedade, depressão, dificuldades sociais, dificuldade de atenção concentrada e comportamentos de delinquência.
Nos últimos 30 anos a obesidade tornou se uma pandemia. Existe uma prevalência de crianças com sobrepeso no mundo. Nos Estados Unidos mais de 30% das crianças são obesas ou estão acima do peso. Em algumas regiões da África a obesidade infantil substitui a desnutrição com índice maior do que quatro vezes.
As crianças com sobrepeso podem ficar vulneráveis também a apneia do sono, problemas ortopédicos, hiperandrogenismo, diabetes do tipo 2 e doenças cardiovasculares. Não menos graves do que as consequências na saúde física, estes pequenos jovens sofrem de preconceito e discriminação deixando os isolados e retraídos.
Em um estudo sobre este tema (Suplicy, 2002) foi colhido um depoimento onde uma criança de seis anos descreve outra criança obesa como : “preguiçosa, suja, estúpida, feia e mentirosa” e mais, foram mostrados desenhos de várias crianças obesas e crianças com vários tipos de defeitos físicos. Tanto os adultos quanto as crianças preferiram as crianças com defeitos físicos às obesas.
Isso é grave! É utilidade pública! Precisamos divulgar, informar, alertar e reverter esta triste realidade. Mães, pais, avós, irmãos, primos, família, amigos? Mãos a obra! Nossas crianças precisam de ajuda!
Além de uma dieta alimentar somada a mudança dos hábitos na rotina destas crianças doentes, as famílias deverão implementar diariamente uma atividade física na vida de seus filhos. Recomenda se 1 hora de exercícios por dia!
O melhor exercício é aquele que se pode fazer regularmente. A atividade física para crianças não pode ser punitiva e nem necessariamente competitiva, mas sempre prazerosa.
Mas atenção! Assim como os adultos e adolescentes, as crianças deverão passar por uma avaliação física antes de iniciar a atividade física. Em geral, os exercícios mais recomendados para obesos são os aeróbicos, como caminhar, correr, andar de bicicleta, nadar e dançar, pois apresentam um gasto calórico mais elevado.
A prática de um esporte para uma criança além de auxiliar na redução da gordura e do peso corporal, ajudará na autoestima e na socialização.
A dificuldade no tratamento da obesidade infantil é a necessidade de envolvimento dos pais e, a falta de entendimento da criança quanto aos danos desta obesidade na fase da infância e principalmente na idade adulta.
Uma boa dica para a família da criança que apresenta obesidade é escolher caminhar pequenas distancias diariamente com seus filhos. Estacionar os carros mais distantes das portas de entrada de shoppings, supermercados ou outros locais de interesse, é uma boa opção. Faça-os adquirir o hábito de caminhar! Optem por subir escadas ao invés de elevadores. Brinque, faça ser divertida esta atividade física. Crie, invente uma história! Criança gosta de imaginar, brincar e rir!
O importante é motivar a criança a sair da inércia, modificar comportamento através da alteração do ambiente. Isso requer tempo, dedicação e amor! Fazer nossas crianças se transformarem em adultos saudáveis física e mentalmente não custa nenhum dinheiro. Custa apenas tempo, informação e ação.
Sou Cynthia Duarte – Atleta profissional de ciclismo por 20 anos – hoje triatleta amadora.
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Por Cynthia Duarte