Visual Hunt
Comecei a pensar e resolvi escrever sobre este tema tão conturbado, a sociedade moderna cobra um padrão de beleza, corpo sarado, rosto sem rugas e pele de pêssego, , músculos a mostra, seios medidos em mililitros, lipoaspiração sendo realizadas como se fossemos tomar um café, e assim a industria da beleza movimenta milhões em nome de uma pseudo beleza. É a industria que mais cresce no mundo.
A modernidade recortou o ser humano, as especialidades proliferam, fatiou-o em partes, separou o corpo da mente, e esqueceu que muito mais que um estojo ou um animal a ser adestrado, o corpo como um todo necessita ser ouvido para que a beleza e saúde desabroche.
A mídia como uma energia invasora muda comportamentos e a forma de pensar, incentivando meganes destrutivas, abalando o emocional do ser humano em busca de uma performance muitas vezes nunca alcançada, gerando baixa autoestima.
Precisamos ressignificar esses conceitos, mudar a forma de olhar e perceber que nos últimos tempos o mundo experimentou uma verdadeira revolução nas comunicações, costumes e tecnologia.
Na ciência da estética, os avanços foram marcantes, modificando a percepção e refletindo no modo de vida das pessoas, algemando-as num modelo imposto nem sempre possível de ser atingido ou mesmo até deformando o que a natureza criou.
A obsessão por um corpo perfeito atormenta principalmente as mulheres, vítima fácil da mídia perversa, pois confundem magreza, beleza, corpo e rosto perfeito com felicidade, sucesso pessoal e profissional e até com sexualidade. Iludem os incautos com modelos famosas, fotos retocadas para suas propagandas, como se fosse possível enganar o tempo.
Não sou contra a vaidade, o cuidar-se, ser vaidosa, o que precisamos repensar e fugir é da obsessão que isto pode causar.
E viva as Alices que se aceitam e se acham gostosas como são.
Por Pedra Bucci