Festa à vista e pouca vontade, e tempo, de procurar um vestido. Aproveito para puxar os cabides do fundo do armário onde moram, já a algum tempo, cerca de oito cocktail dresses. Nenhum serve.
Engordei? Não. Emagreci? Também não. Os vestidos continuam “entrando”, mas não servem. Um dos maiores “erros de moda” é insistir em uma peça que não serve. Não é porque o zíper subiu que a roupa serve. Entrar é diferente de servir. E o que vestimos hoje, precisa servir hoje. Ao nosso corpo, ao nosso estilo de vida e ao nosso propósito (isso para não entrar no quesito ocasião).
Fisicamente uma peça de roupa que requer esforço para vestir, mesmo que “entre”, não serve. Compare o que vê no espelho com o que viu no cabide: o modelo parece o mesmo? Quando a modelagem é reta no cabide, mas justa no corpo: não serve. Quando o decote é estreito no cabide e amplo no corpo: não serve. Ninguém precisa “entrar” em um vestido, é o vestido que deve “entrar” em quem veste de forma confortável e harmoniosa; e mais que encontrar a roupa que lhe serve, em tamanho e modelagem, avalie se ela ajusta-se à sua rotina e essência.
Recentemente li o livro A Mágica da Arrumação, da Marie Kondo (sobre o qual comecei a falar aqui), e a principal mensagem da autora, ao falar sobre descartar o que não usamos, é clara e eficiente: essa roupa (ou objeto) lhe traz alegria? (Traz, no presente). Essa é a máxima que levo a partir de agora na hora de me vestir. Quando o vestido cabe fisicamente mas não me traz alegria, ele não serve. Não transmite o que sinto hoje, não é confortável para os ambientes que frequento (diferentes daqueles que costumava ir a anos atrás), não “me representa” mais? Não serve.
Existem alternativas para o descarte. Algumas peças podem ser reformuladas ou ganhar novos complementos. Mas independente do destino que decidir dar a cada uma de suas roupas, esteja certa de que o melhor look é sempre aquele que lhe serve. E que só “entrar” não serve.
(Imagem: Visual Hunt)
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