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A música toca todo mundo. Desde a gestação somos estimulados por sons externos, pelas vozes dos pais, pela música! Quando crescemos, percebemos que podemos discordar sobre gostos musicais, mas o fato é que: todo mundo ama música! E enquanto alguns preferem somente escutar, outros também gostam de executar as canções. Tudo começa muito cedo. Crianças que são mais interessadas na área, começam a estudar instrumentos, entrar em corais e cursos.

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Normalmente, na adolescência, começam a ter sonhos maiores: como montar uma banda! A vontade é tão grande, que em alguns casos, cada amigo escolhe um instrumento para aprender e, assim, tocarem as músicas da sua banda favorita.

Quem se sente realmente tocado pela magia da execução da música, nunca perde o gosto pela coisa. Muitas vezes vemos amigos que trabalham em diferentes áreas chegando em casa, depois de um dia exaustivo no trabalho, buscando relaxar tocando músicas. Lá no canto da sala, aguardando ser tocado, está um violão, uma guitarra, um baixo, que quando tocados acabam se tornando terapia. Há, entretanto, aqueles que decidem ir além do hobby, investindo profissionalmente na música.

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E dentro desse meio, há cantores de todos os estilos musicais: cantores, bateristas, baixistas, guitarristas, percussionistas e muitos outros buscando parceiros para criar uma banda. E esta é uma escolha importante a ser feita, pois será a criação de um novo grupo de relacionamento, uma nova família, um novo empreendimento.

Criar uma banda, neste momento, deixa de ser somente diversão e se torna profissão. E agora, o que fazer? É preciso pensar como empresa. Afinal, uma banda conta com vários sócios trabalhando por um objetivo em comum, visando crescer e atingir mais pessoas. Primeiro, é necessário definir se serão criadas músicas próprias, músicas cover, ou os dois, e qual estilo de música será tocado. E um cuidado muito importante é analisar o público-alvo. Existem locais onde este tipo de som funcionaria? Bares, casas de show, eventos, tem um público específico e um gosto específico e, portanto, é importante levar isto em conta. Não há espaço para mais do mesmo, é necessário ter um diferencial. Atualmente, com a utilização das redes sociais, a busca por músicos para compor a banda foi facilitada.

Existem grupos no Facebook que são focados em profissionais e amadores de cada instrumento: guitarristas, baixistas, bateristas, e também existem grupos que são direcionados para procurar músicos que desejam formar um grupo, como o “Tô sem banda (Curitiba)”. As novas mídias e divulgações pela internet trouxeram mais liberdade para as bandas se tornarem conhecidas e divulgarem seu som. Para lançar uma música, não precisamos nos prender mais à selos e espaço na televisão e impressos. Porém, é necessário definir a postura profissional do grupo frente aos novos tipos de redes sociais a fim de apresentar a nova persona, a banda, para o público. Porque como nós, a banda possui características próprias pela fusão de tantas pessoas diferentes.

Com a turma toda reunida e o estilo definido, é iniciada a formação do repertório. O tipo de projeto mais rápido para começar a executar é o da música cover, tocando da forma como foi gravada. As músicas covers podem ter versões criadas pela banda, o que torna o processo mais demorado que o anterior, seguido, então, pelas bandas de músicas próprias, que precisam criar as letras, o instrumental, as linhas melódicas. Qualquer que seja o tipo de música que será tocado, é necessário muito ensaio. E com isso, vem mais um investimento da banda: horas em estúdio. É investido muito tempo e dinheiro em equipamentos, cursos e instrumentos antes de uma banda subir no palco para tocar. O que antes era um hobby de adolescentes, se torna profissão. Muitos músicos se apresentam mesmo estando doentes, roucos, com dores musculares, porque sabemos que o show não pode parar. No palco, é doado vida para haver conexão entre músico e plateia, é criado um sistema de troca de energia focado no entretenimento, e isso tem um valor imensurável: cada apresentação é única. É exclusiva. É energia criada naquele momento, é presente estar presente para os dois lados: a banda e quem a assiste.

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Não é fácil criar uma banda. Não é fácil definir nome, estilo, escolher as músicas, ensaiar intensivamente. Não é fácil criar conexões profissionais, começar a tocar nos bares. Não é fácil manter-se no topo, com várias apresentações. Não é fácil tocar num dia ruim, com saúde debilitada, com clima frio ou quente demais. Mas a troca com a plateia, os aplausos… ahhhhh… isso vale cada minuto e cada gota de suor.

Por Karen Giraldi