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A pandemia fez estragos consideráveis em todas as áreas da economia. E não poderia ser diferente também no meio da gastronomia. Não foram poucos os que se entregaram, fecharam as portas e foram procurar outros rumos. Pena, perdemos muitas casas boas.
Mas houve quem crescesse nesses tempos difíceis, revigorados por uma força extra a disputar contra as forças maiores o espaço de sobreviver, crescer e brilhar. Como é o caso de Fernando Matsushita, chef e proprietário do restaurante O Peruano – Gastronomia e Cultura, que fechou as portas nos dias mais difíceis, aprendeu a lidar com o delivery (fazendo as próprias entregas) e reformou seu espaço para oferecer novas alternativas de sabores e de estilo de servir.
Como a Parrillada peruana, que agora faz parte do cardápio da casa e apresenta uma faceta não tão conhecida por aqui da comida do Peru. Matsushita aproveitou o espaço do quintal ao lado do restaurante para transformá-lo em um local aberto para degustação, com mesas (bem separadas, de acordo com o protocolo da Covid-19) colocadas diante de uma churrasqueira construída por ele mesmo. Tem ainda um tambor de alumínio, para poder dar um toque defumado a alguns assados.
No muro, pinturas e gravuras de sua própria autoria, retratando símbolos e imagens de seu país. Lindos e muito expressivos! Em meio a tudo isso, uma enorme jabuticabeira, linda e produzindo.
Sendo assim, agora toda quinta-feira o chef deixa a cozinha para encarar a parrilla e apresentar os assados que os peruanos também apreciam muito por lá. Dá para pedir um Pisco sour e partir para os grelhados.
A começar pelos anticuchos, que são espetinhos muito comuns nas ruas, a exalar aquele perfume de carne assada e de defumados. O mais famoso deles certamente é o de coração bovino, que, de chofre, pode causar alguma prevenção ou rejeição prévia dos comensais. Bobagem, é delicioso e vale a pena pedir para experimentar e repetir.
Sugiro, para começar, um petisco delicioso: Espeto de bacon com ameixa preta, a partir de R$10. É delicioso e diferente de alguns petiscos que temos por aqui em botecos, onde é frito ou assado no forno. Esse traz o toque defumado que a parrilla oferece.
O menu elaborado exclusivamente para a parrilla prevê algumas variações de anticuchos: tradicionais bovinos, a partir de R$ 7 a unidade; tradicionais, combos, 3 unidades mais papas (batatas), a partir de R$ 25; contrafilé bovino, a partir de R$ 14; mignon bovino, a partir de R$ 19,90 (de mignon não é comum por lá, mas como o curitibano adora mignon e pede em toda parte, Matsushita decidiu se adequar à demanda); copa lombo suíno, R$ 12,50; e de frango, R$ 12,50.
Da churrasqueira também sai a Parrillada bovina de ancho ou chorizo (270g), com acompanhamentos, a partir de R$ 29; Parrillada suína de copa lombo (200g), com acompanhamentos, a partir de R$ 22; e a Parrillada suína de chuleta (filé, com osso, 270g), a partir de R$ 22;
Por enquanto, a parrilla só será acionada nas noites de quinta-feira. Mas Fernando Matsushita já admite a possibilidade de esticar para mais dois dias (sextas e sábados), talvez ainda neste mês. Para tanto, vai pôr mais gente na cozinha regular do restaurante, para poder se dedicar exclusivamente à churrasqueira nesses dias.
Mas, antes mesmo disso, também vai aceitar reservas para eventos especiais, familiares ou corporativos (tão comuns nessa época do ano), mediante reserva e cumprimento das formalidades determinadas para evitar aglomerações.
Peruano – Gastronomia e Cultura
Avenida Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco 675 – Tarumã
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