E aí me vi preguiçoso, nem ao menos procurando desculpas para não escrever.
Passagem de ano, botões desligados, relaxando na praia dos Ingleses, cozinhando uma coisinha aqui, outra ali, mas totalmente descompromissado de parar e escrever. Acho que aqueles que me acompanham aqui nessas peripécias gastronômicas que costumamos dividir vão me entender.
E para quem duvidar, garanto que o tempo de sobra ficou muito apertado. Pela manhã, enquanto o sol ainda não é torturante e perigoso, a obrigatória caminhada de ida e volta de sete quilômetros até a ponta da praia. Na volta, trâmites para o almoço, em ritmo lento e indolente. Tempo para o vinho ganhar a temperatura adequada, enquanto, na panela, os ingredientes se combinam. Depois disso um descanso, aí algumas compras, outra caminhada de fim de tarde, um mergulho e o dia se foi.
Fizemos algumas boas experiências culinárias por aqui durante esses dias. Basicamente peixes e frutos do mar, pois não consigo entender gente que vem ao litoral só para comer churrasco. Um dia só fizemos uma carninha (afinal, ninguém é perfeito), uma costelinha de cordeiro que estava deliciosa.
Mas o melhor momento de todos foi, sem dúvida, o do Bacalhau na Brasa. Trouxemos de casa, congelado, para testar o lançamento da Dias, o “Dias na Brasa”, um lombo com corte especialmente destinado para ser assado na brasa – que é importado pela Porto a Porto. As instruções estão todas na embalagem, sugerindo o descongelamento normal na geladeira e daí o descanso em um molho com azeite, alho e um pouco de colorau. Daí é só levar à churrasqueira e aguardar bem pouco tempo. Logo fica pronto, dourado e muito saboroso.
Despertamos a curiosidade dos vizinhos aqui, que imaginavam sentir cheiro de carne vindo da churrasqueira? “Bacalhau na brasa? Só vocês mesmo” – o comentário de quem, anos atrás, pescador de lulas, se surpreendeu com a Lulas em su tinta que fizemos por aqui.
Os complementos ficaram por conta de nossa inspiração e do que havia disponível nos nem sempre bem supridos supermercados daqui. Aproveitando o calor da churrasqueira, assamos batatas e as cabeças de alho (embrulhadas em papel-alumínio, temperadas com azeite e sal). Na hora de servir, murro nas batatas.
Cortamos algumas cebolas em pétalas, passamos no azeite até murcharem bem e cozinhamos alguns brócolis e alguns ovos. Pronto, tudo finalizado, hora de abrir um vinho português e aproveitar. Aprovadíssimo!
Um brinde, pois, ao nosso reencontro aqui no blog. E feliz Ano Novo!
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Quanto ao lombo do bacalhau já pronto, bem interessante. Só tem um porém: é irregularmente dessalgado, pois havia pedaços com pouco sal, outros bem ao ponto de sal e alguns um pouco mais salgados. Talvez algo a ver com a espessura do lombo, não uniforme. Apenas uma observação, mas nada que não se possa consertar. Corrigimos aqui de nosso jeito e não sobrou nada pra contar a história.
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