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Culinária afetiva. É o conceito que a restauratrice Beatrice Takashina

propõe para o seu Carmina, bistrô e restaurante aberto há pouco tempo e que pretende expor as memórias gastronômicas mais marcantes para ela. O lugar é uma simpatia, aconchegante e funciona quase ao lado do bar Jacobina, também propriedade de Beatrice e um dos mais frequentados da cidade. E o cardápio, curto como deve ser, contém algumas agradáveis surpresas, que marcam pelo sabor e pela simplicidade.

Ovos pochê, por exemplo. Fiquei encantado quando me foi sugerido. Ovo pochê é coisa muito delicada, que exige maestria e boa mão, porque precisa ser servido no ponto exato de estar com a clara firme e a gema escorrendo ao primeiro corte. Esses do Carmina vêm sobre uma rodela de pão torrado e uma tira de presunto Parma, cobertos com molho hollandaise (molho clássico, feito de gemas, manteiga e suco de limão).

Mas esse toque mais íntimo, quase familiar, já vem desde a primeira proposta do cardápio, as entradas. Dentre elas, uma que chama a atenção: uma Cesta de piquenique. Isso mesmo, a pequena cesta de palha, com a toalhinha quadriculada dentro. E da qual o garçom vai tirando, um a um, pãezinhos de fabricação própria, pastas, queijos, manteiga temperada e frios (R$27 para duas ou R$48 para quatro pessoas). Mais cativante de todos é uma porção de tomates-cereja confitados no azeite e no açúcar, que se desmancham na boca e se dão muito bem quando combinados com as finas fatias de queijo brie, que fazem parte da guarnição.

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A responsável pela cozinha e por transformar as concepções de Beatrice em saborosas realidades é a jovem chef Nicole Dezem, que apresenta uma diversidade de sabores bem escolhida, que passa pela Polenta branca cremosa com almôndegas de carneiro (R$40), pelo Bacalhau às natas (coberto com uma crosta de massa folhada gratinada ao forno – R$48) ou pelo Talharim com posta na cerveja preta (R$37). Tem também um Risoto de queijo brie e uvas com camarão grelhado que é muito bom, assim como, para os que preferem carne, o Entrecôte com batatas – mais simples, impossível.

Entre as sobremesas, a clássica taça de sorvete, com calda de chocolate e farofa de paçoca (R$10). E o Madrileño, que vai muito além da combinação entre massa folhada e doce de leite. A começar por uma calda de frutas vermelhas.

Como já acontece em outros restaurantes de fora (lembro-me do Guega servindo aqui), o Carmina oferece, como cortesia, água filtrada à mesa. Mas se o cliente preferir, há águas em garrafas e, além de outras bebidas, o restaurante tem uma selecionada carta de vinhos e cervejas especiais.

O Carmina dispõe de 70 lugares, divididos em dois ambientes – um deles com um deck elevado perto das janelas e um sofazinho de canto. O outro, com teto de vidro e jardinzinho de inverno.

Vale a visita. É como se sentir em casa.

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Carmina Bistrô e Bar

Rua Conselheiro Carrão, 336 – Juvevê
Fone: (41) 3095-9222

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