A charmosa casa no alto da colina em Santa Felicidade, que remete à Suíça e abriga o restaurante Chalet Suisse. (Fotos/ Divulgação)| Foto:
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Seguramente é uma das referências da gastronomia de Curitiba. O Chalet Suisse está comemorando 35 anos de atividades, premiando os curitibanos e visitantes de todas as partes do mundo com sabores impecáveis, não apenas da cozinha franco-suíça, sua base, mas também com alguns arroubos e concessões que dão charme e conteúdo ao restaurante.

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Como o Ceviche peruano (R$ 43) ou a Chorrillana chilena (R$ 78) que se intrometem no cardápio tanto quanto o português Bacalhau Gadus Morhua (Lombo de bacalhau grelhado no azeite com cebola, tomate, azeitona e alecrim. Servido com arroz e batata ao murro – R$ 95) e como já teve, anteriormente e durante anos, o indonésio Nasi Goreng e o húngaro Goulash.

Mas a origem suíça dos proprietários (o fundador e o atual) verteu toda a fama da casa para as fondues, a ponto de ser complicadíssimo encontrar mesas nos dias mais frios do ano – como os que já estão se aproximando. São três tipos de fondues, começando com a de queijo, combinando vários queijos suíços e que custa R$ 168 (duas pessoas). Tem também a oriental, fondue de carne mais tradicional na Suíça, presente no cardápio da casa desde 1983. As finas fatias de mignon são cozidas num fervente caldo de carne. Acompanha batata Rösti e 8 molhos e custa R$ 194 (duas pessoas). Essa é para quem não gosta do cheiro de fritura, mas, cá entre nós, a melhor de todas é justamente aquela que mergulha o pedacinho de carne para fritar no azeite quente, a Bourguignone, que também tem os mesmos acompanhamentos (mas, por restrição de alguns clientes preocupados com a fumaça só é servida nas terças, quartas e quintas) e custa R$ 194 (duas pessoas).

De sobremesa, Fondue de chocolate e doce de leite Havanna – frutas, marshmallow, cereja e farofa doce de amendoim -, a R$ 84 (duas pessoas).

Menu de aniversário

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Mas, para celebrar os 35 anos de saborosa existência, foi concebido um menu especial, com pratos clássicos que estão no cardápio desde a inauguração, em 1983. Quem optar pelo menu será recepcionado com uma taça de espumante e couvert (em colaboração com a importadora Porto a Porto), seguido do consagrado Tartar de mignon do chef Arthur Saredi e o queijo Raclette com batatas, que desde o ano passado voltou a ser preparado na máquina original e faz o maior sucesso. E isso é apenas a entrada, para duas pessoas, como de resto toda a proposta do cardápio exclusivo.

São seis opções de prato principal, incluindo entre eles os pratos de maior sucesso do restaurante: Filet mignon Café Paris (molho com manteiga e ervas, que derrete com o calor da carne), Camarões ao champagne, e claro, as fondues de queijo e carne – valendo o calendário para os dias especiais da opção Bourguignone, à qual me referi acima.

Ainda são oferecidos o Goulash de mignon com molho rôti e páprica – acompanhado de spätzli na mangeita – e Emincé de vitela à la zurichoise com batata rösti (prato tipo da cidade de Zurique, Suíça).

De sobremesa são quatro opções, dentre as elas a mais famosa do restaurante: Sorvete de creme com amoras flambadas no Cointreau. Mais ainda tem, a escolher, Petit gâteau de chocolate, Creme de papaia com licor de cassis e Crème brûlée de baunilha.

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O valor deste menu especial é de R$ 278, para dois. Inclui, então, as duas taças de espumante e um belo prato comemorativo da Boa Lembrança de presente. A Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança permitiu que fosse feito um desenho especial comemorativo à data e foram pintados apenas 100 pratos. Portanto, somente os 100 primeiros menus vendidos receberão esta edição limitada do prato. Aliás, neste período o prato de 2018 da Boa Lembrança, Mignon al Tartufo, continuará sendo servido normalmente no cardápio (escrevi sobre ele aqui).

A longa jornada

A história do Chalet Suisse começa em 1983, com o suíço Markus Sigrist, apaixonado pela boa comida, que decidiu abrir um restaurante que oferecia a típica culinária franco-suiça. O restaurante, já com o nome de Chalet Suisse, ficava em uma casa alugada, na Avenida Manoel Ribas, no Bairro Mercês.

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Pouco tempo depois, porém, Markus sentiu necessidade de ter um ambiente que não só servia a culinária típica, mas cuja ambientação também lembrasse a tradição suíça. Logo, comprou um imóvel em um terreno de 3,5 mil metros quadrados, localizado em Santa Felicidade e com uma construção que lembrava um chalé alpino. A reforma da casa foi rápida e o amplo jardim contemplou o sonho do proprietário, que transformou o chalé em um verdadeiro cantinho da Suíça em Curitiba.

Com seus 450 metros quadrados de construção, a casa, de tijolo a vista, tem três lareiras, um pé direito aconchegante e uma vista deslumbrante para o jardim, com um paisagismo extremamente cuidadoso. Amante da boa comida e da boa música, Markus alegrava os clientes com seu acordeom e estava sempre no salão recebendo a clientela com seu aspecto festivo. Ele integrava um grupo de amigos suíços que também tinham verdadeira paixão pela culinária franco-suíça.

Quando Markus faleceu, em 1996, sem deixar herdeiros, um desses amigos, Arthur, assumiu o restaurante, em parceria com a esposa Sônia Regina, mantendo a tradição do cardápio e cuidando para que o ambiente mantivesse a tradição que inspirou o primeiro proprietário.

Especializado no ramo de hotelaria e gastronomia (já havia sido gerente do Hotel Mabu), o empresário e chef Arthur Saredi era também proprietário do restaurante Chez Arthur, que ficava no Jardim Schaffer e foi muito frequentado na década de 90, como concorrente do Chalet Suisse. Antes disso, teve o Café de Paris, em sociedade com Julia Trutmann (proprietária do Matterhorn, outro especializado em fondues e gastronomia suíça), no final dos anos 70.

A partir do comando de Saredi, o Chalet Suisse manteve não apenas a tradição resgatada pelo primeiro proprietário, mas também ganhou complemento de receitas que fizeram grande sucesso no Chez Arthur e no Café de Paris.

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Hoje Arthur toca a casa ao lado do filho, Alexandre, que herdou este sangue de bom gosto gastronômico e faz o contraponto da modernidade em alguns itens. Já no aniversário de 30 anos as cadeiras ganharam o predomínio do branco, quebrando um pouco da austeridade do ambiente e dando um tom mais clean aos salões. Agora foram reformados o bar, banheiros, iluminação, cardápios e principalmente o piso, que ganhou o tom de madeira e deixou o ambiente ainda mais aconchegante, chegando ao que realmente parece um autêntico chalé suíço.

E assim, até o próximo dia 29, no festivo abril, um pouco de toda essa história está sendo contada nos pratos e no carinho que os Saredi (e competente equipe) passam aos clientes. É visita obrigatória para quem aprecia os bons sabores da vida curitibana.

O Chalet Suisse funciona de terça a sábado, das 19h30 às 23h30. Domingo, das 12h às 15h30.

Chalet Suisse – Cozinha Internacional

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Rua Fancisco Dallalibera, 1428 – Santa Felicidade

Fone: (41)3364-7889