Chef Dudu Sperandio está abrindo o Ken’Eki, restaurante japonês, ao lado de sua pizzaria.| Foto: Anacreon de Téos
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Dudu Sperandio deixou de ser apenas um chef, um ótimo chef, para se tornar um empreendedor.

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Cada vez que converso com ele, está tratando de um novo horizonte, uma nova ideia, pondo em prática e transformando em iniciativa palpável, buscando o caminho do sucesso.

Tudo começou com o Ernesto Ristorante (registrei aqui, na ocasião), que acaba de completar dez anos de funcionamento, voltado todo para a gastronomia italiana (Dudu trabalhou por um bom tempo em restaurante de Milão), com um toque especial de trufas, componentes obrigatórios em seu cardápio, com três festivais anuais.

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Saindo uma pizza nova casa: Funiculare, do Portão. | Foto: Foto: Anacreon de Téos

Dali a pouco veio a ideia de uma pizzaria e um imóvel pequeno ali ao lado do restaurante não poderia ser mais convidativo. Fundou a Funiculì (que precisou mudar de nome para Funiculare por questões de direitos de patente), em 2015, chegando com pizzas diferentes e inovadoras, além das clássicas de sempre (leia aqui).

Daí começou a servir pizzas no espaço da cervejaria Bodebrown, também a dar aulas no Centro Europeu e não parou mais. No ano passado, pouco antes do início da pandemia, abriu a Curry Pasta, em sociedade com o chef Rafael Lafraia, propondo uma fusão de cozinhas italiana, oriental e amazônica que deu muito certo. Pena que as restrições do isolamento social impediram o crescimento imediato, o que vem ocorrendo somente agora, inclusive com muito êxito em jantares harmonizados a cada semana.

Dudu Sperandio acaba de abrir também o Lupita, um café no centro de Curitiba. | Foto: Foto: Divulgação

Agora tem até japonês

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Ainda no ano passado, Dudu Sperandio abriu a Cantinetta, em sociedade com o sommelier Douglas Ferrari, com a proposta de importar vinhos exclusivos, tanto para colocar no mercado quanto para serem degustados no local, um pequeno espaço situado bem no centro da cidade.

E agora, nos dias atuais, as novidades vêm por atacado. São três novas frentes ao mesmo tempo: o Lupita Caffé Cucina, no centro da cidade, mais uma Funiculare (agora num espaço novo, no Portão) e ainda o Ken’Eki, um restaurante japonês.

Sim, podem acreditar, japonês. E tem tudo a ver com a quarentena que estamos vivendo, a começar pelo significado do nome, que é, exatamente, “quarentena”. E, para quem possa imaginar que Sperandio não é especialista na comida japonesa, acertou. Tanto quanto não atua na área da fusão asiática que Lafraia comanda no Curry Pasta.

Dudu Sperandio e Marcos Katsumi, a dupla formada para tocar o Ken'Eni.| Foto: Picasa

Para poder garantir sucesso em seu novo empreendimento, o chef contratou Marcos Katsumi, praticamente um dos pioneiros da cozinha nipônica em Curitiba. Foi ele que, assim que chegou por aqui, comandou, como sócio, em 1996, a abertura do restaurante Takô, até hoje reverenciado como um marco na reapresentação dos sabores e texturas do Japão na cidade. Dez anos depois repetiu a experiência em novo marco, o Kan, onde permaneceu por outros tantos anos gerenciando a casa. Chegou a ter mais um restaurante próprio, o Hoshi, mas aí já não foi tão bem-sucedido.

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E então, depois de algumas incursões por outras vias do comércio, Katsumi retorna ao que sabe fazer de melhor, assumindo a direção do Ken’Eki, que já vinha funcionando em soft open e anuncia a abertura oficial para esta quarta-feira (14). Fica exatamente ao lado da Funiculare, pertinho do Ernesto, nas Mercês.

Atrás do balcão trabalha João de Oliveira Ferreira, o Ceará, que já é bem rodado, com experiência em vários japoneses da cidade.

Para se ter uma ideia do cardápio, o Combinado de salmão Bichi (R$ 59) tem sashimis, uramakis, niguiris e joes, quatro de cada. Mas tem sashimis e sushis separados, de salmão, atum e peixe branco (quase sempre tilápia), alguns deles com assinatura da casa (as trufas do Dudu), como o Sashimi de atum, pasta de trufas e sal Maldon (R$ 31 – 4 unidades).

Dentre os quentes, são quatro tipos de Yakisoba (vegetariano, frutos do mar, mignon suíno e filé mignon) e três opções de Donburi (tigela que tem arroz como base e os outros elementos por cima).

Omakase

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Como em todo restaurante japonês que se preze, o Ken’Eki aposta muito no menu confiança, omakase para os orientais – palavra que significa “deixo a escolha por sua conta”.

O da casa custa R$ 190 e conta com 15 itens e, é claro, foi exatamente o que provei quando apareci por lá nesses dias de pré-abertura. Entre outros itens, tem Ceviche (claro), Salmão maçaricado com azeite trufado, ovas e raspas de limão siciliano, Salmão ao molho de ostra, alho-poró e salsão, Joe de black salmão trufado, Atum maçaricado, molho de ostra, Atum maçaricado e lardo, Salmão maçaricado e bottarga, Joe de gemas e trufas e os quentes, Robata de legumes, alho-poró, shimeji puxado na manteiga e  outra de Salmão, pimentão e cebola, no shoyu com missô e, ainda, Guiosashi de mignon marinado, limão, gengibre, shimeji, tofu defumado e alga wakame.

A carta de vinhos é bem ampla e pode até ser a mesma do Ernesto (uma das mais completas da cidade) e também há boas sugestões de saquês.

Uma experiência interessante, nesses novos caminhos que o jovem chef empreendedor trilha na paisagem gastronômica de Curitiba.

O Ken'Eki funciona de terça a domingo, das 19hàs 23h.

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O Ken'Eki tem dois ambientes: um deck e um interior, com balcão à frente do sushiman.| Foto: Foto: Anacreon de Téos

Ken’Eki

Rua Myltho Anselmo da Silva 1439 - Mercês

Fone: (41) 99656-1177 (delivery)

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