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E dá-lhe caranguejo! Ópera de Bambu está bombando de novo

Os caranguejos da Ópera de Bambu, prontos para o consumo. Ritual que vai de novembro a março. (Foto/ divulgação)

Curitiba está bem servida de restaurantes e casas especializados em caranguejos. Há mesmo alguns bem interessantes por aí, vendendo por unidade ou por pessoa. Cada qual com seu charme, com suas receitas e com suas atrações.

Mas – e aqui muito cá entre nós – é muito difícil alguém superar o charme da Ópera de Bambu, uma das pioneiras da cidade na especialização em caranguejos. E tudo começou há 15 anos, na varanda da casa de Otávio Tosin, que reunia alguns amigos entre novembro e março para promover caranguejadas. Como os amigos avisaram e passaram a levar mais alguns amigos, o número de frequentadores foi aumentando e, por consequência, as acomodações também.

E como mais gente se interessava e apelava por uma chance de também poder experimentar, foram surgindo as sessões especiais de caranguejos em algumas noites da semana. Até se tornar um empreendimento profissional, que a cada temporada se aprimora, ainda que sem perder aquele clima de alto astral que caracteriza uma reunião de amigos. Sim, porque os Tosin recebem a todos como se estivessem ainda naqueles tempos da reunião na varanda de casa.

E não deixam de estar, pois Otávio e Rose ainda moram ali, na mesma casa, que fica nos fundos do terreno e que agora, com as novas e modernas acomodações do espaço do caranguejo, quase nem se perceber estar ali.

Não há necessidade de cardápio, pois a grande estrela da companhia é o caranguejo. E nesta temporada os bichinhos são os maiores de todos os 15 anos de existência da casa. Claro que há alguns coadjuvantes, como os bolinhos de peixe, um bufê com saladas e alguns molhos que podem ser levados à mesa. Além disso, um pirão, um caldinho de feijão e um caldo se siri, delicioso, que pode ser degustado à parte, numa cumbuca, e merece toda a consideração.

Os caranguejos são servidos à vontade e são levados à mesa pelos garçons, à medida que os pratos vão se esvaziando. Não há limites e há quem fique horas e horas ali, martelando perninhas e garras e curtindo os sabores – principalmente nos fins se semana, já que a casa abre para almoço aos sábados e domingos, além do atendimento de segunda a sábado a partir das 19h30.

O preço é fixo por pessoa, R$ 80 (R$ 69 para reserva de dez ou mais pessoas), e se houver no grupo alguém que não aprecie caranguejo e queira manter a companhia, a Ópera de Bambu também tem, à la carte, Camarão no raclette, Escondidinho de siri, Bolinho de bacalhau, Iscas de tilápia e as Ostras em três estilos: gratinada, in natura e ao bafo.

As cachaças temperadas, show à parte.

Para beber, uma boa oferta de cervejas e uma carta de vinhos adequada aos caranguejos. E não é de se perder a prateleira de cachaças, com todas as combinações possíveis. E feitas em casa, com cataia, coquinho, mentruz e o que mais se possa imaginar.

Pode se preparar que é um grande momento. Ou mais do que isso, podendo passar vários momentos em volta da mesa, curtindo aquele ritual e permitindo que o paladar esteja cada vez mais atiçado pelos sabores ali provocados.

A casa ampliou bem seu espaço, mas é conveniente ligar e reservar antes, pois costuma lotar sempre.

Ópera de Bambu

Rua Nestor Victor, 434 – Água Verde

Fone: (41) 3018-8468

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