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Mangôo, a nova casa de quatro jovens e talentosos chefs de Curitiba

Giuliano Secco, João Gabriel Carvalho, Gabriel Fagundes e Murilo Cordeiro, quatro jovens chefs reunidos numa mesma empreitada. Chegou o Mangoo. (Fotos/ Valterci Santos) (Foto: )

Bombes do Mangoo, de rosbife e de bacalhau, entre os sanduíches do menu.

São quatro jovens chefs muito talentosos. Quatro cozinheiros que decidiram largar o conforto da estabilidade de boas posições na cozinha para encarar um empreendimento próprio, que retratasse exatamente o perfil de cada um deles.

E assim, da fusão de ideias de Giuliano Secco (que comandou a cozinha do C La Vie até o fim de 2018, agora sob comando do então sous chef Danilo Almeida), João Gabriel Carvalho (ex-chef do Terra Madre), Gabriel Fagundes (também atuou no Terra Madre, antes de passar quatro anos na França) e Murilo Cordeiro (que foi subchef do C La Vie e atuou na Vino! Batel) surgiu o Mangôo, com proposta de restaurante casual, instalado na Mercadoteca e que já começa a funcionar nesta terça-feira (09), depois de um curto período em soft open. No fundo, todos oriundos praticamente da mesma escola, advinda do grupo Vino! – ao qual, agora, também pertence a Mercadoteca.

O nome Mangôo vem da palavra “mangút” (pronunciada com “t” mudo) do dialeto borum, da tribo Kréna, originária do Paraná, que significa comida. Mas é apenas uma referência – e bom nome -, que não compromete, necessariamente, o estilo da casa com esta ou aquela corrente.

Os quatro cozinheiros praticam o uso de ingredientes frescos e locais, com uma gastronomia criativa em um ambiente compartilhado, sem perder a informalidade. O objetivo é apresentar uma cozinha com menos rótulos, focando o artesanal, que é marcante, desde massas até pães e torradas. Com uma cozinha aberta e exposta ao público, o espaço do Mangoo permite maior contato dos chefs com os clientes, aceitando sugestões de momento e demonstrando o preparo.

O cardápio é curto e muito interessante, dividido em Snacks, Sandubinhas, Na Brasa e Mangút. São itens bem distintos, concebidos justamente para atingir todas as preferências, desde a de quem vai somente para beliscar alguma coisa a outros que pretendem fazer realmente uma refeição.

Entre os snacks, Steak Tartare e Pancetta confit.

Os Snacks são pequenas porções, com quatro unidades cada, numa gama bem interessante. Tem, por exemplo, as Croquetas de camarão (R$ 28 a porção), feitas de bisque e farinha de Morretes e servidas com vinagrete. E ainda, entre outros, Carpaccio de polvo (R$ 29), com compota de tomate e pimenta biquinho, servido na torrada; Steak tartare (R$ 26), montado sobre chips de batata-salsa; Salmão curado (R$ 29), defumado na casa, com limão siciliano, dill e chips de batata-doce; e Pancetta confit (R$ 26), com pão no vapor, picles de cebola roxa e compota de figo.

Sandubinhas, é claro, são pequenos sanduíches, com porções de duas unidades para cada sabor. Tem um chamado O’M’G’ (R$ 32), que fiquei encucado aqui tentando descobrir de que se tratava. Daí li no cardápio a descrição e tudo se esclareceu: ostra crocante, maionese cítrica e guacamole (OMG, as iniciais), dentro do bao negro (bao é aquele pão chinês cozido no vapor). Tem mais dois, o Bombe de rosbife (R$ 28), um brioche com recheio de rosbife, tapenade, alface romana e Grana Padano e um que me deu água na boa só pela descrição, o Bombe de bacalhau mantecato (R$ 42), também com brioche, bacalhau em pil pil, batata-salsa palha e pesto de azeitona.

As opções Na Brasa oferecem Queijo coalho (R$ 22), com melado e farofinha de amendoim; Espetada (R$ 33), espetinho com polvo, camarão, lula, peixe, aspargo e cogumelo e a Pupunha de Morretes (R$ 26), assada e grelhada, finalizada com manteiga e flor de sal.

Fettuccine Blumenau, com massa artesanal do Mangôo, mais lardo, linguiça blumenau e agrião fresco. (Foto/ Giuliano Secco)

Os itens do Mangút, de pratos principais, destacam o Arroz do mar (R$ 47), que apresenta o mini arroz do Vale do Paraíba (SP) – revelado ao mundo pelo chef Alex Atala – com frutos do mar e molho de moqueca. Mas ainda tem, entre outros, o Ravióli de burrata (R$ 49), feito com massa artesanal do Mangôo, molho pomodoro basílico e Grana Padano, o Fettuccine Blumenau (R$ 48), também com massa artesanal do Mangôo, mais lardo, linguiça blumenau e agrião fresco e, como não poderia deixar de ser, para agradar ao paladar do curitibano, Mignon e riso de cogumelos (R$ 69), apresentando o tornedor grelhado e um risoto com base de cogumelo porcini.

Pelo que se tem de amostra aqui, o Mangôo em funcionamento é um início auspicioso de uma jornada com tudo para ser um grande sucesso. Não apenas pela formação, pelo talento e pelo currículo dos quatro cozinheiros agora reunidos. Mas pela proposta de trabalho, de uma cozinha sem rótulos e estruturada toda na base sólida da inspiração de cada um deles.

O espaço do Mangôo na Mercadoteca. Segundo box à esquerda, a partir da entrada principal.

Novo mexicano

Outro estreante na Mercadoteca, que também começa a funcionar nesta terça-feira (09) é o La Santa, que traz uma fusão da gastronomia mexicana com o movimento de comida de rua e abre agora a terceira casa em Curitiba. Fica aqui apenas o registro, mas volto ao tema com mais vagar.

Além destas casas estreantes, a Mercadoteca conta com outros treze estabelecimentos, entre restaurantes, bares e lojas: Anis Presto, Caramelodrama, Gelataio, Gioia, Glasso Beer & Drinks, JPL Burgers, Mundo Verde, Nayme Culinária Árabe, Olivença Cozinha Ibérica, Peixe In Box, The Smoking Pit, Vino! Bar e Z. Japanese Bar.

Mercadoteca

De segunda e sábado, das 11h às 23h e domingo das 11h às 21h

Rua Paulo Gorski, 1309 – Mossunguê

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