Já me interessei logo de cara. Se tem coisa que eu gosto é o tal do patê. De todas as espécies, de qualquer formato (patês ou terrinas) de qualquer sabor. Sou metido também a fazê-los e, modéstia à parte, tenho alguns hits sempre preparados para ocasiões especiais.
Então, quando recebi a informação da comercialização de patês pela Porto a Porto – e a associada Casa Flora -, já fiquei de antenas ligadas. E fui atrás de mais detalhes. O curioso é que, apesar de ambas serem importadoras, a marca é nacional, embora o método de produção seja todo trazido de fora, a partir de receitas originais francesas que utilizam a carne ou o fígado de pato como matéria-prima.
A linha de produção se chama Pont Du Canard, sob responsabilidade da Alsace Food Excellence, estabelecida em Blumenau (Santa Catarina). O nome vem lá da origem, na França. Ligando a região agrícola da Alsacia-Lorena à cidade de Strasbourg, a Pont du Canard era o principal acesso aos produtos agrícolas que abasteciam este importante centro consumidor. Sendo os alsacianos grandes apreciadores da carne de patos e seus derivados, era esta a mercadoria mais transportada por cima de seus largos arcos de pedra e que carinhosamente acabou nominando tal ponte, a Ponte do Pato. Infelizmente a antiga ponte foi destruída durante a primeira guerra mundial restando apenas um sua bela história. História que a empresa catarinense procura manter viva, fazendo nos dias de hoje esta “ponte” que leva o pato e suas iguarias para a mesa e dos modernos consumidores nas cidades.
Tempos atrás este tipo de produto raramente era encontrado no Brasil e ficava restrito aos importados. Havia algumas exceções, como um suíço que produzia nas cercanias de Curitiba, mas não tinha autorização para comercializar (o que o fazia clandestinamente, em alguns pontos de venda, com a cumplicidade de todos os ávidos clientes, encantados pelos seus irresistíveis patês).
Então os diretores da marca Pont du Canard resolveram produzir no País, com custo de produto nacional, uma linha de patês especiais elaborados a partir das receitas originais francesas.
Os patos e os patês
Os patos para a produção dos patês são criados em granjas modernas, com ração 100% vegetal e sem nenhum promotor de crescimento. São abatidos com, no máximo, 50 dias de idade, mediante controle de bem-estar animal e sob um rígido controle da Inspeção Federal (SIF), pois os patês são exportados para exigentes mercados, como Japão, Hong Kong e Dubai. Fazem questão de dizer não se tratarem de patos utilizados para produção de Foie Gras, que são de outra espécie.
Chegaram ao mercado quatro receitas dos patês Pont Du Canard: duas com carne de pato e duas com fígado de pato. O Patê de fígado de pato com trufas negras junta dois ícones da alta gastronomia francesa, o fígado de pato e as trufas negras, combinados em uma sofisticada receita, utilizada por alguns dos mais renomados chefs do mundo. Já o Patê de fígado de pato com vinho do Porto é um clássico dos bistrôs franceses, combinando harmoniosamente o sempre delicioso sabor do fígado de pato com suave perfume do vinho do Porto.
Com a carne da ave é feito o Patê de carne de pato com confit de laranja, com inspiração na famosa receita da gastronomia francesa, o Pato com Laranja. Também com a carne, o Patê de carne de pato com pimentas verdes é bem tradicional do interior da França, com a carne de pato amalgamando o frescor e a leve picância da pimenta verde.
Os preços sugeridos para o consumidor ficam em R$ 14,50, exceto para o Patê de fígado de pato com trufas negras, a R$ 18,50.
Esses patês já estão sendo comercializados em Curitiba e podem ser encontrados na Adega Brasil, na Bon Vivant (Mercado Municipal) e na Família Scopel.
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