O Mignon da Ka.sa - filé mignon grelhado, ovo frito, salsa de trufas e chips de batata - para agradar o comensal curitibano. (Fotos/ Rodrigo Torrezan)| Foto:
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Foram dois anos conduzindo o carro dos outros, o restaurante dos outros, por mais que tentasse dar seu próprio estilo à cozinha da casa e que nem fossem dos outros. Revirando os arquivos, por aqui, lembrei-me do que escrevi em meados de 2017, quando Claudia Krauspenhar lançou um cardápio todo o seu estilo, ao seu jeito de ser. “Guinada total, finalmente colocando as coisas do jeito que ela, ótima cozinheira que é, gostaria que fossem” – foi o que escrevi neste blog (confira aqui).

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Conversávamos muito – ela sempre tão amiga e querida. Não escondia seu incômodo por estar navegando em barco alheio e achava que ali poderia ser resolvida a questão. Não foi. Por mais que o cardápio fosse dela, que ela ocupasse a cozinha e circulasse pelo salão a apresentar suas criações, vivia sob o fantasma de um restaurante que já havia feito sucesso em outras mãos, impossíveis de serem desassociadas, como era notório constatar.

Ela estava ali, de corpo presente, ocupando todos os espaços, mas ainda havia gente que chegava e perguntava por Ronaldo (Bohnenstengel, a quem ela substituiu na sociedade) ou quem se mostrasse interessado na compra de vinhos – da proposta original de fundação do restaurante. Afinal de contas, era Vin Bistro.

Quase no fim do ano passado ela me disse: “vou mudar tudo, vou ser eu de vez”. Ela já havia mexido um pouco no layout da casa, mas disse que seria ainda mais radical. Que daria também uma revirada no menu e aí viria com a pá definitiva: o nome do restaurante. Iria se chamar K.sa. Achei meio estranho, a princípio, brinquei se seria algo como Krauspenhar Sociedade Anômima. Brincadeira mesmo, pois sei que ela, pouco tempo antes, havia comprado as partes de seus sócios e era a única proprietária do empreendimento. K.sa = casa, ali seria a casa dela e só do jeito dela, sem quaisquer outras amarras.

Quando eu me preparava para escrever alguma coisa, a nossa Gazeta do Povo publicou as primeiras informações no Guia, em janeiro. Anunciou estar vindo um novo conceito e agora o momento chegou. Já este em pleno funcionamento a K.sa, o restaurante personalizado de Claudia Krauspenhar.

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Está diferente, mesmo. Mais aberto, mais despojado, mais convidativo, tanto no salão interno quanto no imenso deck, que nessa época do ano oferece cachos de uvas Niágara pendurados nas videiras ali plantadas. Seria inevitável a constatação: é a cara dela.

As responsáveis pelo projeto são as arquitetas Camila Accioly e Marcela Abage. Para deixar o ambiente bem acolhedor, como era o desejo da chef, as arquitetas deixaram a área externa de acesso ao restaurante mais espaçosa, garantindo mais conforto para quem chega. O aconchego interno fica por conta de mobiliário colocado estrategicamente para que o cliente se sinta bem à vontade. Para dar um astral mais cool e descontraído, a iluminação e as cores prometem compor uma dupla eficiente. Luminárias foram instaladas na parede e no teto e a primeira impressão que eu tive foi a de eclipse. Mas Claudinha já de pronto me contestou: “são como borbulhas na taça, é assim que eu vejo”. Pode ser.

Novidades no prato

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E com esse astral todo a cercá-la, a chef também apresenta novos pratos. O cardápio da K.sa é de gastronomia contemporânea, com muito respeito às bases clássicas da gastronomia internacional. A identidade do trabalho da chef é utilizar memórias afetivas aliadas ao bom paladar, escolhendo pessoalmente todos os itens utilizados na cozinha do seu restaurante.

Uma das apostas de Claudia como prato principal é o Linguini mar e terra – massa fresca com a combinação harmoniosa de frutos do mar com a pancetta artesanal produzida ali mesmo na K.sa (R$ 75). Outro prato que merece atenção é o Carré suíno com purê de maçã e molho de jabuticaba (R$ 78). Claro que não poderia faltar mignon, o “queridinho dos curitibanos”, como se diz entre os restaurateurs. No caso, o Mignon da K.sa (R$ 85), que tem o medalhão, um ovo frito e salsa de trufas por cima. Vai pegar.

E para quem já acompanha a carreira da chef, ela avisa que clássicos como as Ostras gratinadas ao molho de raiz forte (R$ 65 a dúzia ou R$ 35 meia dúzia), Moules et frites (R$ 57), Magret de canard au poivre vert (R$ 98) e o Polvo grelhado (R$ 102) continuam no menu. A surpresa vai ficar por conta da apresentação e da nova composição dos acompanhamentos.

No rol de sobremesas, Semifreddo de Zabaione – torrone e pedaços de chocolate, cacau 70%.  A Seleção de Miniaturas, ideal para compartilhar, apresenta quase que um menu degustação das sobremesas.

Se a intenção da chef era tornar este lugar tão acolhedor quanto a própria casa das pessoas, ela conseguiu, fazendo do momento especial da comida, uma festa, uma alegria que já se expressa a partir do lindo e largo sorriso que expõe a quem chega.

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E quando os pratos chegam, então, é o céu.

K.sa Restaurante

Rua Fernando Simas, 260 – Bigorrilho

Horário de funcionamento: Jantar – terça a sábado, das 19h às 23h; Almoço –  sábados e domingos, das 12h às 15h

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Reservas: (41) 3225-3444 / 99227-6976

contato@restauranteksa.com.br
www.restauranteksa.com.br

Instagram: @k.sarestaurante

Facebook: https://www.facebook.com/ksarestau/

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