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Kahlua abre as portas, misturando comida italiana e portuguesa com pegada contemporânea

As sardinhas têm um foco especial do Restaurante Kahlua. São várias no cardápio, como esta, ao escabeche. (Fotos/ Érica Almeida) (Foto: )

 

Bacalhau à Lagareiro, um clássico da cozinha portuguesa, ganha destaque no cardápio do Kahlua.

Palmito pupunha assado na manteiga de ervas e cogumelos frescos.

Contrafilé de Angus.

Sopa de cebola.

Sardinhas empanadas na farinha Panko.

Mil folhas recheado com creme mascarpone e coberto com compota de frutas vermelhas.

A história é bem parecida com a de muitos outros restaurantes que se estabeleceram. Alguém gosta de comer bem, frequentar bons lugares e ter preço justo na hora de pagar. Por que não abrir seu próprio empreendimento? Claro que nem tudo é o brilho da casa na hora de servir clientes, pois requer um imenso trabalho por detrás da coisa pronta – incluindo acordar de madrugada para entrar na fila da Ceasa, na busca de legumes e hortaliças frescos.

Pois o advogado Marco Aurélio de Souza decidiu encarar o desafio. E acaba de abrir o Kahlua – que significa segundo filho, em havaiano, em referência direta a ele. O cardápio é voltado à gastronomia contemporânea, com vertentes das cozinha portuguesa e italiana.  Oferece desde opções para jantar até petiscos variados para happy hour. Aí, nesse caso, com um foco especial nas sardinhas (exceto pela Ostra Bêbada, aos sábados, e pelo Olivença, no último sábado de cada mês, ninguém mais oferece este peixe tão saboroso), que já chegam à mesa a partir dos grissinis, que ressaltam este sabor.

Preparadas conforme a moda dos portugueses, as sardinhas que chegam à mesa podem ser assadas com molho especial da casa (R$ 15), empanadas com farinha Panko e servidas com vinagrete de pimenta Cambuci (R$ 19), assadas à moda do Porto, servidas com batatas ao murro, salada de cebola, pimentão confit e tomate cereja (R$ 18) ou Sardinha ao escabeche, com pimentões coloridos assados no azeite e ervas (R$ 18). Cada porção traz três unidades do peixe. Os pratos são bem servidos e podem ser compartilhados.

Aliás, chamar de “bem servido” não explica bem a real porção que é oferecida. Tudo o que o restaurante oferece vai além do bem servido. Chega a ser, até, diria, um pouco exagerado – o que talvez gere alguma insegurança em quem poderia estar propenso a porções individuais.

Mas o menu, de uma maneira geral, é bem amplo. Nas entradas, há opções como o Palmito pupunha assado na manteiga de ervas e cogumelos frescos (R$ 19, para duas pessoas), o Tartar de bacalhau (R$ 37, individual), Salada Brie (folhas de rúcula, queijo brie grelhado e compotas de frutas vermelhas, R$ 29) até um clássico francês, a Sopa de cebola (R$ 19, individual), servida coberta com massa folhada gratinada e queijo gruyère – até conversei com o chef sobre isso, está muito saborosa, só que faltam uns pedaços de cebola para a sensação de mastigar, é quase um consomê.

Entre os pratos principais, o bacalhau ganha três versões: o Bacalhau à Lagareiro (R$ 89), posta alta de lombo de bacalhau Gadus Morhua assada, servida com batatas assadas, azeitonas pretas, alho confit e tomate assado; o Caldo de bacalhau Avó Albina (em homenagem à avó do proprietário), a posta de bacalhau cozida com batatas, acompanhada de vinagrete, arroz branco, azeite e pão – R$ 110. Todos servem duas pessoas e, conforme for, até três. Mas tem um menorzinho: Lascas de bacalhau ao confit de alho (R$ 46), com 130g de bacalhau assado no azeite e alho, arroz branco, pão e azeite.

Sidnei Valério, experiente e competente chef do Kahlua.

Na parte das carnes são também várias as sugestões, como o Contrafilé de Angus (R$ 69), servido com legumes salteados na manteiga, mini batatas assadas e marmelada de cebola ou o Mignon chef Sidnei Valério (R$ 63), um medalhão de mignon grelhado com crosta de gorgonzola e bacon, acompanhado de um risoto à escolha do cliente. Entre as massas, todas feitas no próprio restaurante, destaque para o Ravióli quatro queijos (R$ 34), recheado com provolone, gorgonzola, muçarela e parmesão, servido com emulsão de manteiga e manjericão.

Para os vegetarianos, o Kahlua oferece vários pratos, dentre eles o Risoto de palmito (R$ 35), Risoto Marguerita (R$ 29) e o Ravióli di zucca (R$ 22). Já as crianças podem degustar pratos feitos sob medida para elas, como o Purê de batatas com tiras de mignon, arroz e batata frita (R$ 22).

De sobremesa, passeio por alguns clássicos, como o Mil folhas recheado com creme mascarpone e coberto com compota de frutas vermelhas (R$ 19) e o Brownie, coberto com crocante de nuts, calda de chocolate e sorvete de creme (R$ 18).

O deck externo do Kahlua, apropriado para happy hour.

Drinques e quiosques

Negroni, um dos drinques clássicos da carta do Kahlua.

O Kahlua está instalado num amplo imóvel, que já foi uma bela residência, cercada de jardins. Parte deles foi transformada em quiosques, para que os clientes possam aproveitar os dias e noites mais quentes com um happy hour ou mesmo em fins de semana durante o dia inteiro.

O cardápio para quem quer petiscar inclui Bolinhos de bacalhau (R$ 23 a porção com seis unidades) e Bolinhos de carne seca, com massa exclusiva da casa (R$ 12, por duas unidades). Tem ainda uma Fritada de cascudinhos no trigo, na qual os peixes são limpos, marinados em temperos especiais e levemente empanados (R$ 24). E a Costelinha de porco ao Barbecue (R$ 26), com destaque para o molho artesanal feito na casa.

Na cozinha, por detrás de tudo isso, está o experiente chef Sidnei Valério, que já andou por La Varenne e Olivença, entre outras casas curitibanas. É bom de mão, cozinha bem e certamente será o esteio para o sucesso do que a casa propõe servir.

Para acompanhar, o Kahlua tem 55 opções de drinques, ao preço de R$ 24 cada. As receitas são clássicas, como o Negroni, Gin Tônica, Kir, Manhattan, Margarita e Tequila Sunrise, entre outras.  Entre as cervejas, há opções comerciais e artesanais e uma carta de vinhos ainda discreta. Mas, em compensação, não se cobra rolha e os clientes que desejarem podem levar seu vinho preferido.

Marco Aurélio de Souza deve estar feliz. A guinada que deu em sua vida está trazendo, nesses primeiros momentos, resultados positivos. Que continue assim, pois.

O Kahlua (ah, sim, pronuncia-se caluá) funciona de terça a sexta-feira, das 16h às 23h. Sábados e domingos, das 11h30 às 23h. Tem estacionamento próprio.

O Kahlua tem capacidade para receber cerca de 90 clientes, entre o salão interno e o deck.

Restaurante Kahlua

Rua João Antônio Xavier, 303 – Água Verde.

Fone: (41) 3082-8299

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