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É como se fosse comida de avó. Daqueles saborosos almoços de domingo, com inúmeros pratos distribuídos sobre a mesa. E o ambiente é mesmo tão acolhedor que dá a impressão de estarmos, mesmo, numa casa de família.
Uma bela casa, diga-se. Quase um palacete antigo, estabelecido no centro da cidade, que, com alguns toques de reforma, mantendo toda a estrutura original, foi ambientado como uma antiga vila da Toscana e transformou-se em um charmoso restaurante.
Inaugurado na metade do ano passado, o La Campesina consolidou-se com seu cardápio único, que tem no galeto o foco principal, seguindo o padrão das concorridas galeterias da Serra Gaúcha. Já houve outras experiências em Curitiba e ainda há casas que servem galeto – inclusive uma que tem o restaurateur Ewerton Antunes como sócio comum, o Italy Caffé, que funciona na Praça Osório e tem galetos aos sábados, mas com produção limitada (já escrevi aqui).
O La Campesina veio no mesmo embalo, ideia que foi amadurecendo aos poucos, até a montagem do prato composto, no qual galeto ao primo canto é o ingrediente principal dos preparos – um frango abatido com até 25 dias de criação.
O nome La Campesina foi escolhido para retratar exatamente a proposta da casa: comida caseira, comida do campo, cucina casalinga. A princípio achei estranho, pois conhecia a palavra para definir “a camponesa” em espanhol. Mas o Ewerton Antunes me garantiu que também é expressão utilizada pelos italianos e aí o restaurante foi batizado assim.
Nos salões distribuídos pela casa de dois andares - "sete salas que comportam até 120 pessoas sentadas -, as mesas estão entre as paredes nuas e sempre têm boa ocupação, em almoço e jantar, de segunda a domingo (só não abre domingo à noite). E o restaurante funciona direto, sem fechar entre uma refeição e outra. Quer dizer que se alguém chegar para almoçar às 16h ou jantar às 17h30, por exemplo, será servido normalmente.
As boas vindas da casa já vêm no petisco, pequenos pastéis recheados de quê? De galeto, é claro. E aí, logo em seguida, chega um clássico da comida italiana: Capaletti de frango in brodo, delicioso e que já abre o apetite para tudo o que vem a seguir.
E vem tudo junto, numa bandeja enorme. São três variações da proteína de frango: o galeto, propriamente dito, as asinhas douradas e crocantes e um frango à parmegiana. A outra proteína é um ragu de carne, que vem como molho de um tagliolini. De acompanhamento, um risoto de cogumelos frescos, polenta frita, salada colonial (folhas, tomates, palmitos, temperados com azeite, sal e aquele vinagre vermelho... bem italiano) e maionese, que entrou para compor o prato de uns tempos para cá, atendendo a pedidos dos clientes, que não passam sem a combinação de frango e maionese. E esta, em especial, é mesmo muito saborosa.
Os pratos são todos repostos, conforme o desejo do cliente, à medida que vão acabando. E este pode repetir à vontade o seu favorito.
As sobremesas também seguem a linha da comida de casa: Sagu com creme e Doce de abóbora de tijolinho.
Para beber, drinques clássicos, sucos e uma carta de vinhos com 65 rótulos da Itália, Brasil, Argentina, Chile, Estados Unidos e Austrália.
De quebra, pra arrematar, um segredinho da casa. O gerente, Joãozinho Orbzut, além de ser um excelente anfitrião, faz um limoncello divino, que pode ser servido depois de tudo – e que é vendido, em garrafas, aos clientes interessados.
Os preços são fixos, custando R$ 43,90 para almoço e R$ 49,90 para jantar, de segunda a sexta-feira. Sábado e domingo sai por R$ 53,90, almoço e jantar de sábado e almoço de domingo.
O restaurante é conveniado com dois estacionamentos próximos.
La Campesina
Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 658 - Centro
Fones: (41) 3319-3533 / (41) 3319-3537
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