Sou fã declarado da cozinha francesa e quem me acompanha aqui sabe disso. Adoro os clássicos de lá, tento reproduzir em casa quando posso e sempre busco me aprimorar nas técnicas, em cursos ou contatos com os chefs renomados que vieram de lá e se estabeleceram por aqui. Ou mesmo com aqueles que ensinam lá de fora.
Era admirador do trabalho de Pierre Troisgros, como de resto de toda a família. Principalmente dos dois representantes da clã que estão aqui no Brasil. Claude, filho de Pierre, um francês/brasileiro, e Thomas, filho de Claude, carioca da gema, mas de sangue francês.
Nesses anos todos de estrada escrevendo sobre os prazeres da boa comida (e neste turbulento 2020 já se completam 20), tive a oportunidade de me referir a alguns Troisgros, apresentando e reproduzindo algumas receitas, tanto nos “antigamentes”, no site do extinto O Estado do Paraná (infelizmente a memória eletrônica do jornal está perdida por aí) e no blog.
Com a morte de Pierre, neste dia 23 (veja postagem do Bom Gourmet aqui), me deu vontade de rememorar alguns textos que escrevi, tendo como referência a receita mais icônica dele, a de Saumon à l’oseille – ou Salmão com azedinha, para nós.
A primeira referência que achei está aqui, de 2009, ainda no blog antigo.
Achei uma sugestão de receita para um Dia dos Namorados (está aqui) e só agora me dei que conta que vinha chamando Pierre de avô e não de pai de Claude. Quis corrigir, mas infelizmente nosso publicador (é assim que chama?) mudou e apagou todas as marcações originais que tinha no blog, desde que vim me hospedar nas saborosas páginas do Bom Gourmet – e lá se vão dez anos.
A mais recente foi ainda em 2018, quando ousei transformar esse prato principal em uma entrada. Ficou ótimo, claro, só que numa quantidade menor. Confira aqui, inclusive com a receita, que dá, perfeitamente, para fazer em casa, sem dificuldade.
Pierre Troisgros era um baita cozinheiro e, no livro que recentemente escreveu, Histórias, dicas e receitas (Editora Sextante), Claude relembra a história da família (é praticamente uma autobiografia) e a importância que teve o pai na grande guinada da cozinha francesa, na metade do século passado. O livro é bem interessante. E tem receitas, também, é claro. Inclusive essa famosa.
Ficam aqui, portanto, o registro e a homenagem ao grande cozinheiro, que, mais do que isso, também foi pai e chefe de família impecável, pelo que se pode extrair da história e do que dele se sabe.
=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=
Entre em contato com o blog:
Blog anterior: http://anacreonteos.blogspot.com/
Twitter: http://twitter.com/AnacreonDeTeos
E-mail: a-teos@uol.com.br
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS