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O brasileiro é movido por modismos. E quando veio a moda dos restaurantes japoneses, aos poucos todo mundo aderiu. Quase todo mundo, vamos admitir, pois sempre há aqueles que reclamam do peixe cru ou dos temperos orientais. Mas foram poucos.

Os mais antigos devem se lembrar de três casas da cidade que serviam comida japonesa. O Kamikaze, em Santa Felicidade (hoje está na Vila Izabel), com seu nem sempre bem humorado proprietário, Kazuma Ezaki; o Nara, na Avenida Iguaçu; e o Tempô, que primeiro funcionou em uma galeria da Emiliano Pernetta e depois na Rua XV e que é a base do que hoje é o Nakaba, fundado no início da década de 1980.

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E então, de uns tempos para cá, veio a grande invasão. E a vulgarização da cozinha japonesa por conta de arranjos adequados à grande demanda. Primeiro, com o interesse pela novidade dos combinados, o que levou muita gente a novas descobertas de paladar. Quase ninguém (como até hoje ocorre) verificava o cardápio, pois logo ia pedindo o tal combinado de sushis e sashimis. Mais ainda depois, quando instituíram o famigerado rodízio, que começou nas churrascarias, passou pelas pizzarias e hoje domina boa parte dos restaurantes ditos japoneses. E aí, como o brasileiro gosta, come-se pela quantidade, entre pratos quentes e frios.

Mas há sobreviventes, felizmente. Não há momento de prazer maior do que algum tempo no balcão do Nakaba, por exemplo. O balcão é um local de intimidade entre o cliente e o sushiman, uma participação nas decisões do que será servido e nas reações às surpresas que alguns sabores inusitados podem provocar.

Alberto Tamura é o sushiman master do Nakaba. Ele é bem mais que isso. Casado com Noemi, filha de Makoto Nakaba, o fundador do restaurante – e ela também cozinheira na casa, como a mãe, Nobume -, Tamura é hoje o gerente administrativo, deixando de vez em quando o balcão para outros sushimen. Mas quando está por lá, prepare-se para momentos de grande satisfação.

A relação de confiança entre o cliente e o sushiman é o ponto alto do contato no balcão. Entregue-se à imaginação dele e aproveite para curtir cada mordida do que lhe for oferecido. Varia conforme o dia, conforme a produção local, conforme a liberação dos importados (as consequências do recente terremoto no Japão devem afetar a vinda de alguns produtos). Mas o que há sempre são coloridas tentações elaboradas na hora e servidas à sua frente. Vamos degustar juntos?

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Só pelo visual acho que dá para se ter ideia dos encantos de uma degustação como essa. Vale a pena conferir e deixar a criatividade do sushiman te levar.

Restaurante Nakaba
Avenida Vicente Machado, 2121 – Batel
Fone: (41) 3013-3344

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