Mais um restaurante paranaense no portfólio do Prato da Boa Lembrança. Desde o último dia 2 o Girassol, de Palmeira, está incluído no rol das casas que oferecem uma recordação aos clientes que saboreiam o prato sugerido como porta estandarte.
E o prato do Girassol não poderia ser outro que não o Pão no Bafo. O tradicional restaurante de estrada, que marca como ponto de motoqueiros e oferece uma alcatra na chapa das mais macias que se conhece (servida com polenta brustolada), tem no Pão no Bafo, de uns tempos para cá, sua principal identidade. Graças à persistência e à garra de sua proprietária, Rosane Radecki de Oliveira, que resgatou uma composição histórica da região, incluiu em seu cardápio e partiu para apresentá-la em todos os eventos gastronômicos possíveis nos últimos anos.
Sou testemunha do encontro dela com o chef Alex Atala, no Gastronomix, quando o cozinheiro número 1 do Brasil foi apresentado ao seu prato. Ele experimentou, pegou mais um pouco e comeu tudo. Feito isso, levantou o dedo e pediu para fazer uma observação. “Posso só te dizer uma coisa? Não mude nada, está ótimo assim”.
E o Pão no Bafo, que já vinha conquistando seu espaço, de lá para cá só cresceu. Hoje é presença praticamente obrigatória em qualquer evento de gastronomia que se organize pelo país. E em todos eles Rosane fala da origem do prato, que teria chegado a Palmeira em 1878, junto com os primeiros imigrantes russo-alemães, que se instalaram na região. Desde então, por ser saboroso, o prato passou a ser elaborado também pelos demais habitantes da cidade e entrou para o cotidiano das famílias palmeirenses. E aí a chef explica a receita, que leva basicamente carne de porco (costelinha e bacon), repolho, cerveja escura e massa de pão fermentada, que é cozida em cima do refogado, num caldeirão.
No segundo semestre de 2015 o Pão no Bafo ganhou o título de Patrimônio Imaterial da cidade de Palmeira, por ser uma das principais referências da cidade. E agora, para ampliar ainda mais suas fronteiras, ingressou para o seleto grupo da Associação da Boa Lembrança, que conta com outros cinco restaurantes no Paraná (Cantina do Délio, Chalet Suisse, Quintana, Sel et Sucre e Zea Maïs).
O Prato da Boa Lembrança
Conheço gente que circula pelo país inteiro atrás do Prato da Boa Lembrança. Ao planejar uma viagem, pesquisa os restaurantes locais integrantes da associação e fazem reservas específicas, retornando com um considerável peso na bagagem.
Mesmo para os não colecionadores é um belo objeto de decoração e que marca, realmente, a lembrança de bons momentos gastronômicos. A iniciativa começou por aqui em 1994, trazida pelo italiano Dânio Braga, inspirado pelos costumes que trouxe da região onde nasceu, de estimular o hábito de se levar uma lembrança depois de uma boa refeição. Foi assim que surgiu o Prato da Boa Lembrança, uma peça exclusiva em cerâmica que o cliente leva para casa depois de comer em um dos restaurantes associados.
Além de fundador, Braga é atualmente conselheiro da Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança, que conta hoje com cerca de 100 restaurantes espalhados pelo país. O Prato da Boa Lembrança é feito em louça de alta qualidade, resistente, produzido especialmente para ser pendurado e exposto como uma peça de arte. Cada prato possui um desenho original e exclusivo, sempre muito alegre, de cores vibrantes e tom bem humorado, relacionado com o que foi escolhido para ser servido.
O Restaurante Girassol fica a 80 quilômetros de Curitiba, na bela região dos Campos Gerais. A casa funciona sem parar, diariamente para almoço e jantar e o Pão no Bafo, a R$ 79, pode ser pedido em todas as refeições.
Um belo passeio, uma ótima comida e uma inesquecível lembrança.
Ah, sim, e com direito à receita. Aqui nesse link do Boa Lembrança, todas as explicações necessárias para executar em casa esse prato típico da Palmeira.
Restaurante Girassol
Rodovia BR-277, Km 168,4 – Palmeira
Fone: (42) 3252-1778
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