Os enormes Porcini estão de volta. Aqueles desejados cogumelos que apareceram nos Campos Gerais no ano passado reapareceram agora. Um pouco mais tarde do que deveriam, por conta da seca severa dos últimos meses.
Como era de costume os Porcini dariam os primeiros sinais no início de abril e seguiriam produzindo até início de julho. Mas neste ano os primeiros deram sinais agora, o que já seria a etapa final da safra.
O interessante, segundo os produtores, é que vieram de repente, numa quantidade acima do normal, e se mostraram presente em novas áreas pelo Sul do país. A seca, porém, em nada interferiu na qualidade do sabor nem no aroma, o que prova que ele ainda faz jus ao título de rei dos cogumelos.
Diante da situação atípica e desfavorável do clima em relação aos Porcini, a atenção dos produtores precisa estar voltada ao cuidado em relação à colheita. Se essa não for feita com moderação e o cuidado de não colherem além do necessário, corre-se o risco de não ter essa abundância na próxima safra.
Requinte
O Porcini é objeto de desejo de gourmets e gourmands e um dos mitos sagrados da gastronomia. Conhecido como "Rei dos Cogumelos", é originário do hemisfério norte da Europa, onde é conhecido por diversos nomes: Porcino, Porcinni, Tortulho, Míscaro, Boleto-doce. Seu chapéu pode chegar a mais de 40 cm de diâmetro.
O Porcino (no singular) vem da família dos Boletus, cogumelos que trazem pequenos tubos escondidos sob seu chapéu. É nesses tubos que se depositam os esporos responsáveis pela reprodução da espécie, espalhados na natureza pelo vento e a chuva.
O que apareceu por aqui trata-se do Boletus edulis, uma espécie associada às florestas de Pinus. O cogumelo já se encontrava nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e, por dispersão (esporos levados por ventos, animais ou pessoas) chegou ao Paraná.
É bem possível que este ano não haja os quase quatro meses de colheita, mas a previsão é que, até o início de julho ainda dê para desfrutar do Porcini, que são comercializados sob encomenda.
Simplicidade no prato
De sabor delicado, o Porcini não pede muitos molhos ou temperos. Vale pelo sabor dele somente, sem afetações culinárias. Fiz aqui grelhado, com um toque de azeite, salsinha e alho. Mais nada. Também dá para repetir os ingredientes e, cortados em pedaços, incluir o fungo combinado com alguma massa.
Esse nosso não chega a ter exatamente o mesmo sabor divino dos originais italianos. O terroir é diferente, o clima e outras circunstâncias agem na formação do cogumelo. Mas se aproxima muito daquele e vale como experiência de poder fazer em casa – ou no restaurante – um prato que originalmente só seria possível comer por lá, já que os que por aqui chegam são apenas os secos e desidratados.
Os Porcini são trazidos dos Campos Gerais para Curitiba pela Audrey Jansen para quem estiver interessado. Para mais informações, o contato dela é (41) 99934-2083.
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