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Como definir? Restaurante, bar, balada? Não, o conceito é muito próprio e está na explicação do velho amigo Marcelo Marcengo, um dos sócios da casa, na mensagem que me enviou, tempos atrás. “É um gastrobar oriental” -, anunciou, ainda em abril, quando o pessoal estava em fase final de treinamento.

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Pois o RYŌ (pronuncia-se riô) foi aberto oficialmente nesta quarta-feira (13), tentando atingir um nicho próprio, de gente descolada que quer comer bem e, ao mesmo tempo, encontrar um ambiente bonito e agradável. Se for para escolher um dos três itens da dúvida lá do início, diria que está mais para restaurante e a pegada eletrônica da música lounge me deu saudades do extinto Zea Maïs, que também unia esse tipo de música à boa comida.

A diferença está no estilo da cozinha, pois os pratos são inspirados na linha asiática, com um pouco de Japão, Tailândia, Indonésia, Vietnam e redondezas. A responsabilidade pela cozinha é da jovem chef Gi Rotta (que, de União da Vitória, deve ter algum parentesco com o ex-jogador Geime Rotta, também de lá e que foi ídolo no Atlético dos anos 70), formada pelo Centro Europeu e que encontrou na proposta da casa justamente o escoadouro para suas preferências gastronômicas.

A escolha pelos exóticos sabores orientais sempre foi a preferência de Marcengo (meu companheiro de trabalho na TV Iguaçu, séculos atrás) e de seus sócios, os irmãos Marlon e Andrey Ançay no projeto de concepção do restaurante. A fusão das ideias deles com o viés gastronômico de Gi Rotta resultou em pratos coloridos e saborosos, alguns dos quais tive a oportunidade de provar em evento pré-abertura para alguns convidados e imprensa especializada.

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Alguns destaques do que foi servido: Carpaccio de tilápia com molho de maçã, Barchetta RYŌ (casquinha crocante, feita com a tradicional massa de guioza, recheada com um creme à base de salmão com cream cheese) e Thai roll de queijo brie (rolinhos crocantes, feito com massa de harumaki, recheados com queijo brie e acompanhados de geleia de pimenta), entre os, digamos, petiscos.

Como pratos principais, duas boas sugestões. A primeira é um Mignon, oyster & mushroom, que são tiras de mignon e shiitake ao molho de ostras, acompanhadas de arroz de jasmim com especiarias. A outra é um Nasi Goreng, tradicional prato indonésio, feito com arroz de jasmim, especiarias, lulas, camarões, brócolis, pimentão, cebola roxa, shiitake e condimentos levemente picantes. Saboroso, me fez lembrar um que havia, tempos atrás, no cardápio do Chalet Suisse e era um xodó do chef Arthur Saredi, que executava o prato desde os tempos à frente do Chez Arthur, nos anos 90 e foi o introdutor do prato em Curitiba. Hoje em dia tem também no cardápio do Lagundri.

De sobremesa há duas opções de Cheesecake de tofu (com damascos ou frutas vermelhas) e, fugindo da Ásia, um Semifreddo de rum.

O RYŌ também tem uma inspirada oferta de coquetéis – ou drinques, como queira -, elaborados pela bartender Emilin Lima. Alguns deles, inclusive, participando do Drink Festival do Bom Gourmet. Como o que provei e gostei, o Sakura (R$ 21,90), que leva vodca, purê de melancia com morango e xarope de gengibre.

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A carta de vinhos é bem feita e oferece boas opções de vinhos, alguns de ótimo custo/benefício.

O dragão

RYŌ significa dragão e, por consequência, é a base da decoração da casa, a partir de obras do artista plástico Simon Thompson (sobre o qual postei dias atrás, com exposição no Quintana), a começar pelo enorme dragão a ocupar uma parede inteira do salão inferior. Também são dele as esculturas dos dois samurais, que chamam muito a atenção e impressionam.

De resto, todo o visual tem apelos asiáticos, com inspiração que vai até Tomie Ohtake e outras referências próximas. Muito bonito, atraente e aconchegante. E com boa comida e boa bebida tem todos os quesitos para ser sucesso.

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RYŌ

Alameda Dom Pedro II, 614 – Batel

Fone: (41) 3528-3471

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