Copinhos e ficha para a degustação de cachaças, com direito à comparação e nota para cada uma delas. (Fotos/ Divulgação)| Foto:
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Quando se fala em harmonização o que vem imediatamente à cabeça? Sim, a perfeita combinação entre a comida e o vinho, com todos os seus detalhes, os melindres e as nuanças.

De uns tempos para cá também há boas sugestões de harmonização com cervejas, especialmente depois do crescimento das produções artesanais, que agora ocupam, com galhardia, boa faixa de mercado para os apreciadores. É um universo tão rico quanto o que propõe aquele já consagrado dos vinhos.

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Anos atrás (2011, para ser mais preciso) participei de um jantar harmonizado com uísque. Foi no inesquecível restaurante Zea Maïs (sim, estou entre as viúvas eternas da casa), com a participação da chef convidada Bel Coelho. Todos os itens do cardápio eram harmonizados com uísques, do petisco inicial à sobremesa. Uísque puro, sem nada de gelo nem nada. O resultado foi muito interessante.

Pois agora chegou a hora de a cachaça entrar na roda. Conheci o Rodrigo Erthal, um entusiasta pela bebida, que abriu uma loja (oficialmente eles chamam de operação) no Souq – polo gastronômico inaugurado em dezembro de 2018 e localizado na divisa dos bairros Vila Izabel, Seminário e Santa Quitéria. Local bacana, onde ele comercializa várias opções de cachaça, das mais simples às mais elaboradas, vindas de todos os pontos do país. E que não se contentou em apenas vender a bebida e oferecer a oportunidade de consumo no local. Foi além e começou a provocar harmonizações com os mais diversos tipos de comida.

Para tanto, combinou possibilidades com outros proprietários de operações no local. E não é que o resultado é bem interessante?

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Erthal utiliza cachaças envelhecidas em oito tipos de madeira, sete delas brasileiras: Amburana, Bálsamo, Castanheira, Jequitibá, Freijó, Ipê, Jatobá e o Carvalho Norte-americano. Para cada uma delas, uma explicação e a apresentação do insumo da origem, com o objetivo de informar ao cliente e permitir que se conheça cada um deles ao natural.

Ele tem também os rodízios só de cachaça (copinhos pequenos, claro), para que os degustadores possam comparar os sabores e aromas de uma e outra, com diferentes propostas, alguns até regionais, como o Treta Sul x Minas, em que confronta cachaças produzidas por aqui e nas terras mineiras. São oito doses, a R$ 99, com a possibilidade de o cliente dar nota para cada uma das cachaças degustadas.

Ah, sim, claro que também vende as garrafas de cachaça para o interessado levar para casa.

Cachaça x Japa

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Quando fui provar, a proposta de harmonização era com comida japonesa, na parceria firmada com o The Sushi, que também funciona no Souq. Confira só as curiosas combinações propostas e que realmente têm tudo a ver: Ceviche com blend de quatro madeiras, Hot Fiomaki com carvalho envelhecido por três anos, Sashimi ou Temaki de salmão com jatobá, Sashimi ou Temaki de atum com Freijó, Niguiri de salmão com jatobá, Niguiri de atum com Freijó, Niguiri de salmão com gengibre com Ipê, Uramaki ou Temaki (Filadélfia) com Jequitibá ou Balsamo, Hossomaki de salmão com Freijó, Hot Filadélfia com Ipê e Bolinho de salmão com Amburana Leve.

Achei a experiência bem provocante. E, como eu já disse, se estende às outras operações existentes no Souq, cada uma delas com uma linha gastronômica, mas todas devidamente harmonizadas com a cachaça adequada.

Vale a experiência.

Av. Iguaçu, 4399 (Souq Curitiba) – Vila Izabel

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