De uns tempos para cá virou moda. Primeiro veio Prime Rib, o entrecôte bovino com uma parte do osso da costela raspado e bem limpinho em volta. Na comparação visual, daria para comparar com o carré francês, clássico corte de costeletas de cordeiro, estrelas de restaurantes de primeira linha.
O Prime Rib já era comum nos Estados Unidos e hoje pode ser encontrado em qualquer churrascaria de bom nível por aqui. E, é claro, também nos açougues, para os churrasqueiros domésticos poderem se divertir.
Pois agora o que está pegando é o Tomahawk, a nova mania dos apreciadores da boa carne. A rigor é o mesmo pedaço, com a diferença de não se raspar o osso, mantendo bem mais longo e com a carne da costela em volta, sem raspar, para oferecer duas texturas distintas da carne em um mesmo pedaço.
Chama-se Tomahawk por seu corte se assemelhar ao formato de uma machadinha norte-americana que tem esse nome. E agora, pela qualidade e pela maciez da carne da raça Angus, com intenso marmoreio, tanto pode ser feito com o dianteiro quanto com o traseiro do boi. Do dianteiro, para ficar perfeito, são escolhidas as quatro primeiras ripas da costela, com o short rib e parte do acém. Do traseiro, o miolo de carne é o entrecôte e também se aproveitam os cortes em torno das quatro últimas vértebras – até cinco podem ser, mas as quatro são impecáveis.
O boi tem treze vértebras. Portanto, de cada um é possível extrair oito cortes garantidos e mais dois.
(Ah, só uma observação, a propósito do entrecôte. Gente, por favor, a pronúncia certa para nós é “entrecôt”, com o “T” mudo, mas pronunciável. Não me venha com “entrecô” que os franceses têm arrepios pela má utilização do idioma deles.)
Na brasa
Como é que eu sei tudo isso? O Dielson Shilipacke me explicou. Especialista em carnes, seus cortes e suas texturas, é o proprietário do Espaço Angus Prime, no Mercado Municipal, uma butique de carnes 100% Angus.
E tem por lá, já há algum tempo, esses cortes peculiares para vender. O Tomahawk é enorme, cada peça tem em torno de 1,3 kg e custa R$ 53.90 o quilo. A dica para assar é, depois de selar, embrulhar a parte do entrecôte com papel-alumínio e levar novamente ao fogo para pegar o ponto ideal na parte da costela. Quanto este estiver bem próximo do ideal, retira-se o papel-alumínio e assa o restante. Fica impecável.
E é exatamente assim que é feito no Espaço Angus Prime Steakhouse, inaugurado recentemente, em agosto passado (escrevi sobre isso aqui), justamente com o propósito de preparar e servir da melhor maneira possível as carnes comercializadas no açougue.
O Tomahawk entrou recentemente no display e lá estão, para o cliente escolher, tanto o corte do dianteiro quanto do traseiro. Como é o procedimento da casa, o cliente vai até a geladeira, escolhe a peça e daí ela vai à parrilla, de onde sai, dali a instantes, imediatamente para a mesa. Cada uma dá para três pessoas e custa R$ 170, com direito a dois tipos de acompanhamento, entre farofa, arroz e maionese da casa.
Vale a experiência. Dá para pedir uma saladinha de entrada ou, se quiser mesmo mexer com o paladar, um Bone marrow (que é, simplesmente, o requinte do tutano assado). E quando vier o Tomahawk, curtir e saborear com todo o prazer que a boa carne oferece.
Espaço Angus Prime Steakhouse
Rua Capitão Leônidas Marques, 1278 – Jardim das Américas
Fones: (41) 3319-3394 e 3319-0134
=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=
Entre em contato com o blog:
Blog anterior: http://anacreonteos.blogspot.com/
Twitter: http://twitter.com/AnacreonDeTeos
E-mail: a-teos@uol.com.br
A festa da direita brasileira com a vitória de Trump: o que esperar a partir do resultado nos EUA
Ministros do STF fazem piada sobre vitória de Donald Trump; assista ao Entrelinhas
Com imigração em foco, Trump começa a projetar primeiros decretos como presidente dos EUA
Maduro abranda discurso contra os EUA e defende “novo começo” após vitória de Trump
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS
Deixe sua opinião