O que era privilégio de alguns poucos, de umas semanas para cá passou a estar ao alcance de todos. A Trapiche Pescados, que é uma das principais fornecedoras de pescados a restaurantes e bares da região, atendendo Santa Catarina e Paraná, abre agora também a venda para o consumidor final.
Particularmente sou cliente antigo, uma deferência especial do Bernardo Fuck, um dos sócios da empresa, e companheiro da Confraria do Armazém. Lembro-me de artigos incríveis que já provei vindos de lá, como um fígado de tamboril, experiência que fizeram anos atrás. Tem a textura e o sabor próximos do foie gras, gostei, fiz cozido como se fosse mesmo o fígado de pato, mas soube que não chegaram a comercializar por falta de interesse de possíveis compradores.
Tamboril, aliás, que é meu peixe favorito. Quando o ex-prefeito e ex-governador Jaime Lerner completou 80 anos, o amigo comum Dante Mendonça (cartunista e colunista) decidiu homenageá-lo com um almoço e pediu para eu fazer o Arroz de tamboril, que é um saboroso símbolo da cozinha portuguesa. Era para ser para umas dez pessoas, mas o número foi subindo e chegou a 23.
Aí não havia tamboril para todo mundo se não tivesse recorrido à Trapiche, que conseguiu o peixe fresquinho e permitiu o belo encontro naquele sábado de dezembro.
Não publicava muito por aqui sobre a Trapiche para não atiçar o desejo dos leitores, que não teriam como adquirir os produtos citados e desejados.
Venda por telefone
Pois então, como escrevi lá na abertura, o portfólio dos pescados até então exclusivo de pessoas jurídicas e de algumas pessoas próximas, está também aberto ao público em geral.
A medida vem como como consequência da pandemia de Coronavírus, que fechou a maioria dos estabelecimentos de gastronomia e, por isso, diminuiu também a venda do produto que, se antes empatava toda a produção com a demanda, agora tem em estoque para outro tipo de comercialização.
E é o que está ocorrendo. Com escritório e depósito em Curitiba e uma bela instalação inaugurada há pouco tempo em Ponta Grossa, a Trapiche coloca à disposição do público todos os mesmos peixes e frutos do mar congelados que disponibiliza para os principais restaurantes da cidade.
Para se ter uma ideia, são peixes de várias origens. De Santa Catarina, por exemplo, vêm sardinha, olhete, pargo, corvina, pescadinha, tilápia, linguado, atum (yellowfin), meca e peixe prego. Do Norte do Brasil chegam tambaqui, pintado, pescada amarela, robalo e pescada cambucu. Entre os importados, cação, salmão, merluza negra e côngrio rosa.
O que mais? Dos moluscos, lulas, mariscos, vôngoles, vieiras (peruanas e canadenses) e polvos. Entre os crustáceos, lagostim, centolla (inteira ou só patas), lagosta sapateira (inteira ou cauda), carne de siri e bolinho de siri. E um rol bem variado de camarões, de tamanhos diversos, do Vannamel ao Rosa.
Entre as iguarias diferenciadas há Haddock (Noruega), salmão defumado (Chile), ovas de peixe voador, salmão ou capelin e bottarga raladas ou inteiras. Bottarga, aliás, que é produzida por eles mesmos, em outro braço do grupo, que funciona em Santa Catarina.
E mais: arroz bomba (para paella), sal de Maldon, fava de baunilha, açafrão em pó espanhol, tinta de lula, aliche, foie gras, escargots em lata, salsa tartufata negra e alguns produtos por encomenda, como Ovas de ouriço do mar, vindo fresquíssimo do litoral catarinense.
Também por encomenda, outros produtos frescos (não congelados), como atum, salmão, peixes brancos, ostras in natura (Gigas e Nativa), Mariscos e vôngoles.
A hora do bacalhau
E como estamos em plena Semana Santa, que a tradição brasileira sempre sugere pôr bacalhau à mesa, a Trapiche oferece o file do Saithe (importado da Islândia) por R$ 41 o kg. E tem várias opções do Gadus Morhua (que é o top), variando os preços de R$ 73 o kg para o desfiado e de R$ 95 a R$ 155 o kg para os lombos importados de Portugal. Preços incrivelmente em conta - fiz uma comparação com supermercados e outros revendedores -, o que se compreende pois são os mesmos praticados nas vendas para restaurantes e outros estabelecimentos.
Os pedidos devem ser feitos pelo telefone ou por WhatsApp, tanto em Curitiba quanto em Ponta Grossa. Em Curitiba, (41) 98832-7176 e 3017-7701; em Ponta Grossa, (42) 98871-5860 e 3323-0429. Compras acima de R$ 200 não têm taxa de entrega em Curitiba. Em Ponta Grossa, acima de R$ 150. Abaixo desses valores, a taxa de entrega varia entre R$ 10 e R$ 15, conforme a região.
O pagamento pode ser feito a dinheiro ou com cartões de crédito e débito.
Para entrega em Take away em Curitiba, o endereço é Rua Princesa Izabel, 699 - Centro.
Interessados das demais cidades próximas podem entrar em contato para saberem a possibilidade de logística.
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