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Uma noite com o Beto: Batata, música e poesia no Carmina
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www.tbfoto.com.br Beto Batata - Curitiba/PR - 20.05.2007 Foto: Tadeu Brunelli

A inigualável batata do Beto Amorim está de volta a Curitiba em evento especial no Carmina Bistrô. (Foto/ Tadeu Brunelli)

Experimentei pela primeira vez no Giuseppe, simpático bar/bistrô dos Ghignone ali na esquina da Comendador com a Brigadeiro. Ponha quase trinta anos nisso. Temos Batata suíça – disse o garçom, apresentando um prato que eu ainda não conhecia. Pedimos uma recheada com mignon e molho madeira que me marca até hoje o paladar. E o acompanhamento, um potinho de molho golf (ou rosé, como queira).

Quis saber mais, de tão bom que era. Contaram tratar-se de uma criação de Robert Amorim, o Beto, que havia trazido para a cozinha da casa. E que já veio com essa ideia de prato desde o Rio de Janeiro, onde havia sido criado. Foi em 1984, na praia de São Pedro da Aldeia, região dos lagos. Naquela ocasião Beto havia comprado seu primeiro restaurante de comida alemã. No cardápio tinha um prato que servia a batata rösti como acompanhamento. Decidido a mudar o perfil do restaurante ele acabou tendo a ideia de colocar um recheio dentro da batata. E deu certo. Estava criada a batata suíça recheada.

Alguns anos mais tarde teve sua própria casa em Curitiba, que levava seu nome associado à grande estrela do cardápio e que foi uma verdadeira escola para a gastronomia de Curitiba, inspirando e formando profissionais.

Seu restaurante também foi uma referência para a cena cultural local com exposições e apresentações musicais com os músicos aqui da cidade. E que passou, inclusive, a ser o apelido do próprio Amorim. Até enfrentar problemas na dissolução de uma sociedade e perder o direito de utilizar o nome do prato e até mesmo seu apelido.

Beto Amorim e suas saborosas batatas suíças. (Foto/ Divulgação)

Mas agora, depois de andar um tanto sumido, Beto Amorim vai ter uma oportunidade de reapresentar algumas de suas criações, em noite especial neste sábado (17), no Carmina Bistrô. Será uma noite de muitas batatas, música e poesia, com a presença do Quarteto Santa Clara tocando música caribenha. O evento vai se chamar “Uma noite com o Beto: Batata, música e poesia”.

Para essa noite especial, ele selecionou seis tipos de sabores de batata suíça que serão servidas em dois tamanhos: “Fidel Castro” (moqueca de banana), “Da Chapada” (tomate-cereja, alho-poró e shiitake), “Se Oriente… Médio” (ragu de carneiro com molho de hortelã), “João de Asa Delta” (frango defumado, ricota fresca, gorgonzola e abacaxi grelhado) e, para matar as saudades de seu antigo restaurante Aldeia do Beto, “Mignon com Cheddar” e “4 queijos”.

Para acompanhar, o restaurante terá uma carta de drinques (Mojito, Daiquiri e Cuba Libre) e vinhos. E ainda oferece a rolha liberada.

Os preços das batatas vão de R$ 42 a R$ 69 e o couvert artístico será de R$ 15.

O Carmina

Se posso dizer que um bistrô de Curitiba me deixou saudades, esse é o Carmina. Durou pouco, infelizmente, mas foi lá que comi o melhor ovo pochê de que tenho conhecimento. Relatei aqui, no blog, quando contei algumas coisas do aconchegante ambiente criado pela Beatrice Nakashina, proprietária da casa e também do Bar Jacobina, que funciona exatamente ao lado.

Durou pouco, infelizmente, e fechou as portas dois anos depois, no segundo semestre de 2015. Desde então funciona apenas para eventos, como este dedicado ao carisma de Beto Amorim e ao sabor de suas batatas.

Uma noite com o Beto: Batata, música e poesia

Carmina Bistrô

Rua Conselheiro Carrão, 336 – Juvevê

Fone: (41) 3095-9222

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