Vanderlei Luxemburgo agora vende vinhos pela Internet

Primeiro foi Galvão Bueno, que ingressou no mundo dos vinhos como produtor, lançando seu próprio rótulo em parceria com a Miolo. E agora é a vez de Vanderlei Luxemburgo partir para uma empreitada no segmento. Mas não como produtor e sim como vendedor de vinhos.

O ex-técnico do Paraná Clube (sim, ele foi, não se lembrava?), seleção brasileira, Real Madrid, Palmeiras, Cruzeiro e outros clubes e que ultimamente estava no Grêmio, associou-se ao empresário Rafael Zardo como sócio investidor, permitindo a criação do site Compre Vinhos, com a proposta de oferecer “o melhor preço do Brasil”.

Criado há quatro meses, o site tem como estratégia oferecer vinhos até 85% mais baratos do que a concorrência. Em muitos casos, a diferença de preço ultrapassa os 100% a mais para os vinhos do mercado em relação ao site. No material oficial de divulgação, Luxemburgo diz: “Queremos democratizar o consumo de vinho no Brasil, cobrando valores mais compatíveis com o mercado internacional. É claro que queremos ganhar dinheiro e ter sucesso com o nosso negócio, mas para isso não trabalhamos com margens exageradas”.

O resultado desta política comercial é que nesse pouco tempo de atividades a Compre Vinhos já é considerada a maior loja de e-commerce do Sul do Brasil, com as vendas concentradas 90% no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

A Compre Vinhos oferece frete com um valor fixo (R$ 25) para todo o Brasil, indiferente da quantidade de vinhos adquiridos. O pagamento ainda pode ser feito em três vezes no cartão de crédito. Outro serviço extra oferecido é o E-Sedex, que entrega vinhos para capitais e grandes centros de todo o país em apenas dois dias úteis, pelo preço de correio normal. O site possui cerca de 400 rótulos no seu portfólio, dos principais países produtores de vinhos do mundo. Os vinhos são adquiridos de sete importadoras – Franco Suissa, Ravin, Berenguer, Hannover, Da Confraria, Winelovers e Global Wine. Do Brasil, seis empresas têm seus rótulos oferecidos: Aurora, Valmarino, Courmayeur, Gran Legado, Pericó e Salton.

Os preços variam de R$ 8,00 a R$ 96 mil (duas garrafas da safra 1909 do Château d’Yquem).

Preços

Para que se tenha uma ideia, aqui vai uma comparação de preços de vinhos divulgada pela própria empresa.

LYM 2006 – R$ 57,90 na Compre Vinhos e R$ 133,00 (outros sites)

Enrique Foster Ique Malbec 2009 – R$ 33,75 na Compre Vinhos e R$ 63,18 (outros sites)

Gimenez Mendez Alta Reserva Arinarnoa 2007 – R$ 26,87 na Compre Vinhos e R$ 50 (outros sites)

Pinot Grigio Collezione 2010 – R$ 29 Compre Vinhos e R$ 47 (outros sites)

Quinta De Baixo Grande Escolha 2005 – R$ 97,27 na Compre Vinhos e R$ 158 (outros sites)

I Latina Carmenere 2009 – R$ 99,00 na Compre Vinhos e R$ 134 (outros sites)

Gran Araucano Cabernet Sauvignon 2009 – R$ 129,31 na Compre Vinhos e R$ 166 (outros sites)

Perez Cruz Quelen 2008 – R$ 195,50 na Compre Vinhos e R$ 259 (outros sites)

La Croix de Saint Jean Lo Paire 2006 – R$ 99,90 na Compre Vinhos e R$ 140 (outros sites)

Viu Manent Vibo Malbec – R$ 199,90 na Compre Vinhos e R$ 230 (outros sites)

Luxa e os vinhos

Conforme explica o material de divulgação, a passagem de 340 dias do técnico Vanderlei Luxemburgo pelo Real Madrid rendeu mais do que a experiência internacional no futebol. Ele voltou ao Brasil apaixonado por vinhos. Tanto que se tornou um colecionador. Tem 2 mil garrafas na sua casa em São Paulo e 2 mil no Rio de Janeiro. Em Porto Alegre acumulou 800 rótulos na sua recente passagem de pouco mais de um ano pelo Grêmio. O fato é comum no futebol. Jogadores como Ronaldo, Raí e Kaká também adquiriram este hábito e formaram adegas com bons rótulos do mundo todo, especialmente europeus, onde moraram ou moram, no caso de Kaká. Ronaldo, inclusive, que jogou no Real Madrid, é acionista da Vinícola Cepa 21, em Ribera Del Duero, na Espanha.

Admirador confesso de malbecs argentinos, o técnico de futebol quer “democratizar o consumo de vinho no Brasil”, como ocorre em outros países. “Aqui o vinho é muito caro e não há porque ser assim. Mesmo com os altos impostos, é possível vender vinhos a preços mais acessíveis e é isso que estamos fazendo”, afirma.

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