Estava pensando no que fazer para o jantar.
Normalmente planejo antes, faço as compras e me organizo para cozinhar.
Mas, de vez em quando, isso não é possível e aí tenho de me virar com o que tem em casa. Como moro sozinho, fazer comida para um é sempre complicado, pois, invariavelmente, sobram ingredientes.
O cara da peixaria já se acostumou quando vou lá e peço, digamos, 180g de peixe, um filé. Mas ainda existem aqueles que só vendem uma peça inteira, o que torna a compra inviável.
Muitos ingredientes não são utilizados totalmente. Cenoura, por exemplo. Uso metade, um terço, conforme a receita. Cebola rende pelo menos para quatro refeições, um quarto de cada vez. Massa dura semanas, meses, a não ser que queira repetir sempre a mesma e a mesma. Então, tudo fica guardada na geladeira, na despensa, onde for mais adequado.
Meus colegas da Confraria do Armazém sempre se divertem quando conto a história de um prato. Dizem que tenho uma geladeira e um freezer encantados. Até pode, mas aproveito tudo, dentro dos limites de validade e do bom senso.
Foi quando surgiu esse prato que fiz e conto agora aqui.
Numa das gavetas da geladeira havia um pote de cream cheese. Fui conferir a validade, ainda vai até agosto. Mas aí bati os olhos no verso da tampa e vi uma receita que me interessou: Panqueca de frango.
Lembrei-me na hora da panqueca do Tortuga, nos velhos tempos de madrugadas, após o fechamento de mais uma edição de O Estado do Paraná (quantas saudades daquele jornal!). E a de frango era a minha favorita, nunca mais comi igual. E bem que tentei explorar algumas receitas, sem sucesso (para ser igual).
Essa do potinho me interessou. E eu tinha todos os ingredientes ali recomendados, para a massa e para o recheio. Ou melhor, nem todos, mas pelo menos os básicos, pois dois deles eu substituí com as sobras de freezer e geladeira: ervilha por milho verde e cenoura por cogumelos.
Ficou uma delícia, me senti viajando ao passado, às frias noites depois da árdua e longa jornada de trabalho.
Vou reproduzir a receita original aqui, mas a substituição que fiz é muito bem-vinda. Aliás, dá até para inserir os itens que escolhi sem retirar os outros. Eles recomendam servir com molho de tomate ou molho branco. Como a minha memória do Tortuga me remete ao molho branco, foi o que fiz.
Aproveito e incluo também a receita do molho branco (que é como chamamos aqui o clássico Bechamel francês), para não ter ninguém utilizando aqueles molhos prontos, ultra processados.
Vamos lá, então?
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