O Pátio Batel tem 186 operações, entre lojas e gastronomia; 40 delas de padrão luxo.| Foto: divulgação/Pátio Batel.

Um shopping leva cinco anos para completar a sua fase de maturação. O Pátio Batel, neste ano, comemora seis e, pode-se dizer, que conquistou o seu juízo. Ou a sua excelência. Por seus corredores circulam cerca de 450 mil pessoas por mês. Um aumento de 6% em relação ao ano anterior. As vendas também subiram. O acumulado de janeiro a maio, em vendas totais, já é 12,6% superior - se comparado ao mesmo período do ano que passou. Quando o indicador é o same store sales (SSS) o crescimento é de 10,2% -  acima da média nacional informada pelo órgão que representa o setor, a Abrasce.

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Sua operação soma quase 190 estabelecimentos, 40 deles de padrão luxo. O Pátio está entre os seis de luxo do país. Mas quer mais. Ele é pomposo, sim, mas quer ser descolado também. Parte dessa missão de deixá-lo “hi-lo[do inglês high-low, tendência que mistura o luxo e o básico], mais democrático, “sem esquecer-se do público a que atende, as classes A e B”, é de seu superintendente, Fernando Bonamico. À frente do negócio há um ano, ele conversou com o Paraná S/A e contou que o Pátio “tem muito mais do que uma fachada intimidante”.

Fernando Bonamico é superintendente do Pátio Batel. Há um ano no Grupo Soifer, responsável pelo Pátio, fez careira no Grupo Iguatemi, em São Paulo.
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Como justificar os números?

O Pátio foi uma aposta do Grupo Soifer [companhia curitibana] e eu fico maravilhado em perceber o quanto eles foram visionários em arriscar no mercado de luxo em Curitiba. Dizemos que o shopping está empinado. Trabalhamos fortemente a equipe interna. Reestruturamos a gestão para darmos uma celeridade nos processos, a fim de termos uma ocupação mais rápida com um mix adequado. No momento, somente 3% do Pátio está desocupado. Esse índice é muito positivo.

O mercado de luxo assusta o consumidor comum?

O Pátio Batel é mais do que sua fachada imponente, com Prada e Louis Vuitton. E acho que estamos conseguindo quebrar esse estereótipo do inacessível, da intimidação. É o que os números mostram. Continuamos focados no público A e B, mas nenhum shopping center vive só de alto luxo, porque dessa forma não se consegue um fluxo frequente e recorrente. O que temos é um portfólio de lojas e, a partir dele, o consumidor realiza a sua vida.

Como o shopping quer ser visto?

Somos grandes curadores. No Pátio o consumidor encontra o melhor em cultura, em mix de lojas, em entretenimento, em serviços. Oferecemos desde a casquinha do sorvete até os melhores restaurantes da cidade, sempre prezando pela excelência no atendimento.

Qual é o shopping do futuro?

Precisa entender o seu público. Um exemplo: 35% dos usuários do Pátio chegam até aqui por meio de aplicativos, não com seus carros particulares. Eles vêm de Uber, de 99, de patinete. Isso é muito significativo. Mostra que o nosso consumidor essa conectado, na vanguarda. O shopping de luxo precisa se propor a isso, a perceber o novo, a receber o novo, a trazer o novo. O shopping do futuro alia tecnologia, sustentabilidade e wellness [conceito de bem-estar].

Há planos de expandir o Pátio?

Vamos fazer uma grande obra, anexada essa estrutura que já existe, para ter um espaço para receber eventos e exposições culturais. A ideia é que se concretize em 2020. Mais ainda estamos em fase inicial de concorrência.

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