O aumento no custo de produção é a maior dificuldade dos pequenos negócios no Brasil. Mesmo assim, nove de cada dez pequenos empreendimentos evitam repassar esse custo extra aos clientes.
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É o que a ponta a primeira edição da Pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa ouviu 6 mil micro e pequenos empreendedores de todos os estados entre os dias 26 de agosto e 11 de setembro. Desse total, apenas 9% revelaram ter repassado integralmente aos clientes as altas no custo de produção.
91% desses empreendedores revelelaram que tenta de todas as formas não repassar o custo extra para não impactar nas vendas. Desses, 43% conseguiram segurar integralmente o repasse de custos, mas 47% admitiram que não tiveram como não aumentar o valor do produto ou serviço ao cliente.
"A pesquisa indica que os donos de pequenos negócios estão segurando o reajuste dos preços para evitar perder clientes, já que a maioria deles confirma que as empresas tiveram aumento de custos", avalia o presidente do Sebrae, Carlos Melles, em nota.
O esforço para não aumentar o valor dos produtos/serviços é grande, já que a pesquisa também aponta que 76% dos pequenos negócios foram impactados pela alta no preço de insumos e serviços da produção.
Maiores dificuldades
A inflação no preço de mercadorias, combustíveis, aluguel, energia elétrica e outros componentes do preço final dos produtos/serviços foi apontada como a principal dificuldade dos pequenos empreendedores, apontada por 42% dos entrevistados. Na sequência vieram falta de clientes (24%), dívidas com empréstimos (10%), impostos (4%) e dificuldades com fornecedores (3%).
“A falta de clientes tem sido um dos principais motivos de preocupação dos empreendedores e diante da falta de consumidores e da redução do poder de compras das famílias, os pequenos negócios vão resistir ao máximo para repassar esses custos para não perder vendas. Eles estão preferindo reduzir o lucro para manter os clientes”, avalia Melles.
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