Com escritórios montados em São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e Nova Iorque, a Portofino Multi Family Office abriu recentemente uma sede em Curitiba. A empresa é especializada em gestão financeira de famílias milionárias ou de alta renda, e oferece produtos e serviços para diferentes realidades patrimoniais.
Em entrevista à Gazeta do Povo, a CEO da Portofino, Carolina Giovanella, explicou que a empresa surgiu da necessidade da própria família em gerir seu patrimônio. A maior dificuldade, apontou, era encontrar soluções que atendessem os interesses da família, e não só do banco ou da corretora contratada.
“Nós nascemos de uma maneira muito genuína, e nós temos um nível de empatia muito grande com os nossos clientes. Nós somos resultados das dores que sentíamos nesses relacionamentos permeados por conflitos de interesses com bancos e corretoras. No modelo que nós podemos chamar de padrão, o foco é no produto, que é o que esses players tentam vender a todo custo, seja ou não indicado para aquele perfil de investidor. No modelo dos Family Offices o foco é na família, para a qual será montado um plano exclusivo”, explicou.
Empresa atende clientes com patrimônio a partir de R$ 1,5 milhão
Prestes a completar uma década, a Portofino agora conta com um quadro com mais de 80 especialistas em investimentos dentro e fora do país. Em sua carteira, a empresa tem mais de R$ 12,5 bilhões de ativos em gestão junto aos mais de 500 clientes – pessoas, famílias e empresas. De acordo com a CEO, os serviços da Portofino podem ser contratados por clientes com um patrimônio mínimo de R$ 1,5 milhão, um dos menores valores do mercado – para aproveitar toda a experiência da empresa, reforça, o indicado é ter uma realidade patrimonial a partir de R$ 5 milhões
A chegada da Portofino a Curitiba, definiu Giovanella, vem ao encontro do potencial identificado na região. De acordo com a CEO, o objetivo é atingir não só clientes na capital do estado, mas também no interior. “O interessante é que quando a gente investe junto com o cliente, nós buscamos o ganho junto a esse cliente. Se a família tiver prejuízo, nós teremos perdas também. É a principal diferença do modelo convencional, onde o cliente pode até ter prejuízo, mas a comissão dos operadores vai estar garantida. Nós pensamos com a cabeça do novo, descartando tudo o que for mais ou menos e buscando sempre o ótimo”, concluiu.
Diferenciais incluem transparência e condições exclusivas
Giovanella deu mais detalhes sobre os diferenciais de um Multi Family Office frente às opções tradicionais no mercado de investimentos. Segundo ela, são três os pilares de atuação da empresa: foco no cliente, transparência e acesso a produtos com condições exclusivas. A primeira característica, comentou a CEO, assemelha o trabalho dos consultores da empresa ao de um médico de confiança da família.
“Hoje, quando a gestão de patrimônio é feita diretamente em um banco, há todo um ambiente de eventual potencial conflito de interesses, o foco é todo voltado para o produto que o banco quer vender, seja ele indicado para aquele cliente ou não. Nós mergulhamos na realidade dessas famílias e montamos planos de investimento focados na individualidade de cada um desses clientes. Para quem já tem muitos imóveis dentro do portfólio, não é necessário investir em fundos imobiliários, por exemplo. Nós temos esse cuidado de diversificar a carteira, e não buscar algo que só seria interessante para a nossa empresa. Os Family Offices são como aquele médico de confiança da família. Somos os gestores de investimentos de confiança da família”, comparou.
Sobre a transparência junto aos clientes, Giovanella argumenta que a Portofino, diferente de outros players do mercado de investimentos, não possui produtos próprios. Segundo a CEO, assim tanto os analistas quanto os clientes têm mais liberdade para adequarem suas necessidades aos mais diversos produtos oferecidos pelo mercado – inclusive investimentos fora do país. Entre os pontos destacados por ela está a possibilidade de que ganhos não previstos nos investimentos voltem para os clientes.
Cashback para os clientes
“Só no ano passado, nós devolvemos mais de R$ 6 milhões em cashback aos nossos clientes. São benefícios que podem acontecer em algumas aplicações, mas que em 99% das vezes acabam sendo incorporados nos ganhos dos bancos e das corretoras. E nós devolvemos isso em benefício dos clientes, tudo para manter essa relação de transparência. O cliente nos remunera e sabe exatamente quanto a gente ganha. Se houver qualquer ganho que não seja pago pelos nossos clientes, temos o dever contratual de devolver”, confirmou.
Por fim, a CEO reforça que os clientes da empresa conseguem benefícios exclusivos que, de outra forma, seriam praticamente inacessíveis. Giovanella explicou que a atuação da empresa retira os intermediários do meio das negociações, e permite que os clientes tenham acesso a produtos financeiros “no atacado”.
“Nossos clientes se tornam pessoas unidas para, de certa forma, tirar esses intermediários do mercado de investimentos. Hoje, um ativo como renda fixa no mercado padrão, quando chega ao canal de varejo, vem com taxas piores do que aquelas que seriam obtidas pelos próprios bancos nos canais de atacado. Nós tiramos esses intermediários e levamos nossos clientes direto à possibilidade de adquirir esses produtos com as mesmas condições de atacado”, explicou.
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